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outono
Nem sempre é fácil detectar o momento em que acaba o verão e começa o outono. Mesmo em regiões de clima temperado, a exemplo do sul do Brasil, onde as estações do ano são bem definidas, muitas vezes as plantas é que fornecem os indícios da chegada da nova estação. Algumas, inclusive, tornam-se atraentes com suas folhas avermelhadas que, pouco a pouco, é medida que a estação avança, cedem lugar aos galhos desnudos.

No entanto, essa época revela-se uma das mais críticas para seus exemplares, uma vez que nela se inicia um processo de redução das atividades vegetativas, que atinge seu auge nos meses de inverno. Por isso, a planta exige cuidados especiais.

Regas
Com exceção das plantas que florescem no meio do ano, a quantidade de água que os exemplares exigem vai diminuindo, até chegar a um mínimo. Preste muita atenção a cada espécie e passe a regar menos, sem se esquecer de nenhuma de suas plantas. à medida que a temperatura cai, automaticamente decresce o volume de água requerido pelas plantas. Tenha cuidado para não regar em demasia, procedimento que pode ter como consequência danos tanto para raízes como para caules.

Adubação
Diminua a adubação para a maioria dos exemplares a partir do final de março, pois a taxa de crescimento se desacelera e as necessidades de nutrientes decaem. A aplicação de fertilizantes nesse período pode resultar em acúmulo de nutrientes no composto. A presença excessiva de sais acaba prejudicando o sistema radicular e pode inclusive levar a planta à morte.

Os fertilizantes de liberação gradual constituem uma boa solução para os meses de outono. A liberação dos nutrientes depende tanto da temperatura como da umidade do meio (solo). Se a temperatura cai e você fornece menos água para as plantas, da mesma forma a quantidade de fertilizante liberada reduz-se automaticamente. No entanto, em geral a maioria das espécies começa a se preparar para uma condição quase dormente, apresentando pouco ou nenhum sinal de crescimento, o que dispensa qualquer tipo de adubação.

Lembre-se de que existem algumas exceções que incluem o bico-de-papagaio, azaléia e o ciclame, cujo florescimento ocorre no fim do outono e até no inverno. Portanto, essas plantas requerem nutrientes como o nitrogênio, o fósforo e o potássio, sendo esse último imprescindível para uma florada bem desenvolvida e viçosa.

Reenvasamento
Desaconselha-se qualquer tipo de replantio no outono. O choque pode danificar a planta e até matá-la.

Temperatura
Em regiões de inverno rigoroso, torna-se muito importante manter a temperatura estável e constante, para que as plantas se aclimatem, aos poucos, às condições mais frias. As variações súbitas de temperatura podem causar sérios danos às plantas, em especial quando o tempo muda de forma brusca, de um dia de calor violento para uma noite fria, com geadas pela manhã.

Temperaturas baixas, repentinas, associadas a um composto molhado, produzem resultados desastrosos nessa estação. Tenha o cuidado de também evitar as correntezas de ar.

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humus

O húmus de minhoca é um composto orgânico natural, muito rico e equilibrado em nutrientes essenciais. Com o uso do húmus, a utilização de fertilizantes químicos pode até ser bastante diminuída.

A frequência de uso vai variar das necessidades de cada espécie, não dá para estabelecer um padrão rígido. Em todo caso, como regra geral, a adubação com húmus de minhoca pode ser feita a cada 3 meses.

Para o uso em vasos, o mais recomendado seria misturá-lo com igual quantidade de terra vegetal. Já em canteiros, procure utilizar o húmus à razão de mais ou menos 2 litros por metro quadrado.

No mercado existem boas marcas de húmus de minhoca.
Cuidar de plantas é a melhor terapia para diminuir o stress do dia-a-dia.

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animal

Quem tem animais de estimação em casa deve tomar muito cuidado na hora de usar fertilizantes em vasos, canteiros e jardins. É que alguns produtos podem realmente fazer mal aos bichinhos.

É o caso da torta de mamona – um produto resultante da prensagem da mamona. Trata-se de um adubo orgânico nitrogenado usado para ajudar a reestruturar o solo, facilitando a aeração e controlando a umidade.
Embora excelente para as plantas, ela é venenosa para os animais de estimação. Em sua fórmula, além dos componentes da mamona, que é uma planta tóxica, há boas concentrações de elementos químicos como o cádmio e o chumbo, muito prejudiciais aos bichinhos. Se você não conseguir ensinar aos seus animais que eles não devem “comer” o que há no jardim, recomenda-se evitar o uso do produto.

Vale lembrar que a dica também se aplica a crianças, principalmente às mais curiosas. Para se evitar maiores problemas indicamos o uso de adubos orgânicos, que são resíduos animais ou vegetais, sendo de ação mais lenta que os minerais, visto que necessitam transformações maiores (serem desmontados em compostos inorgânicos) antes de serem utilizados pelos vegetais, mas que são uma ótima alternativa nestes casos.

Mesmo mais lento ele promove o desenvolvimento da flora microbiana e por conseqüência melhoram as condições físicas do solo e não oferecem risco.

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alamanda

Trepadeiras: O hábito simples de revestir muros e paredes com trepadeiras pode se tornar um pesadelo. É necessário analisar o comportamento da espécie escolhida, verificando volume, características das raízes, tolerância ao clima do local e manutenção.

A unha-de-gato (ficus pumila), por exemplo, deve ser empregada com cautela, pois suas folhas e raízes tem crescimento acelerado, além de ser pesada quando adulta, sobretudo, se for mal podada, gerando carga excessiva sobre o muro ou a parede, que poderá sofrer fisuras e até desabar.

A primavera (bouainveillea glabra), deve ser evitada em jardineira de edifícios, devido à habilidade de penetrar nas redes de drenagem e nos canos. Além de avaliar a solidez da estrutura, também é essencial verificar a altura, já que a planta necessita ser podada constantemente. (Em postagem anterior recomendamos o uso da primavera para recobrir alambrados e nos esquecemos de mencionar que o mesmo deve ser de boa qualidade e com resistência para não envergar com o vento), basicamente estes são os cuidados com as trepadeiras. Outro problema comum é o surgimento de bichos, como baratas, que usam o volume de suas folhas como esconderijo. Sendo assim, é prudente fazer a manutenção com detetização, para isso contrate empresas especializadas neste tipo de combate que pode ser até mesmo na área de paisagismo.

Ervas Daninhas: a lista de plantas popularmente conhecida como mato é bem extensa: tiririca (Cyperusrotundus), cararuru rasteiro (amaranthus deflexus), picão (Bidens Pilosa), falsa -serralha (emilia sonchifolia), dente-de-leão (taraxacum officinale), quebra-pedra (phyllanthus tenellus), etc. Em comum, todas são rústicas, agressivas e competem com as ornamentais por água, nutrientes e luminosidade, prejudicando seu desenvolvimento. Existem diversas maneiras delas “aparecerem”, suas sementes podem permanecer viáveis no solo por longos períodos e até anos. Tambem existe a contribuição de animais, sobretudo pássaros, e do homem ao introduzi-las por meio de mudas e propágulos (sementes, estolões, tubérculos, etc.), ou então são levadas pelo vento, chuva e maquinário ou ferramenta agrícola. Embora seja difícil impedir seu aparecimento, há maneiras de evitá-los, como realizar limpeza no local, retirando as invasoras antes do plantio definitivo das ornamentais, adquirir substratos e mudas em empresas que já tem esta preocupação com o controle de ervas daninhas e manter as ferramentas e os maquinários sempre limpos, mas se no entanto, já foi detectado sua presença, a contenção pode ser feita com herbicidas, desde que tenha orientação de um especialista e tomando cuidado para não matar as outras plantas. Em seguida vamos falar das

Raízes Agressivas: Flamboyant (Delonix regia), primavera (buganvília glabra), fícus (ficus benjamina) e árvores de copa muito larga, apresentam raízes agressivas, ou seja, crescem vigorosamente, podendo danificar tubulações, calçadas, muros, pisos, piscinas, entre outras estruturas, pois elas enovelam o sistema hidráulico, quebrando-o, e ainda comprometem as redes elétricas e de drenagem subterrâneas, causando sérios prejuízos aos imóveis. Essa característica na verdade, é uma habilidade do vegetal de buscar água e nutrientes, fazendo parte do seu processo evolutivo. Porém elas podem ser integradas ao jardim desde que seja feito um estudo do local onde serão plantadas e colhidas informações sobre a dimensão da sua agressividade. É prudente mantê-las distante de construções, paredes, pisos e rede hidráulica, elétrica e de drenagem, bem como saber mais sobre seu sistema radicular. Não é possível conter as raízes agressivas, porém existem métodos de conduzi-las parcialmente, utilizando tubulações próprias para o isolamento. Outra alternativa é plantá-las em vasos de concreto ou jardineiras resistentes, no caso o melhor seria de concreto, mas com o cuidado de isolar o vaso do solo, pois, com o tempo, as raízes atravessam o dreno do recipiente e penetram na terra, retomando o problema do crescimento desordenado.

Corte de Árvores: Ao manejar o jardim, é importante aproveitar as espécies arbóreas existentes no local, porque, mesmo estando dentro de um terreno particular, seja na área urbana ou rural, elas são bens de utilidade pública, por isso, é ilegal seu corte sem autorização da Secretária do Meio Ambiente Municipal. Nunca se deve retirar ou podar uma árvore, a menos que exista uma indicação técnica concedida pelo órgão responsável de sua cidade, e na maioria dos casos é necessário uma compensação ambiental, ou seja, plantar o dobro de exemplares derrubados. Para conseguir esta permissão só se o plantio foi mal planejado, causando problemas estruturais ou de segurança. Para calçada é importante optar por árvores de 4m a 6m de altura, como o hibisco (hibiscus rosa-sinensis), resedá (lagerstroemia indica), aroeira-salsa (schinus molle), alfeneiro-do-japão (ligustrum lucidum) a cássia-do-nordeste (cassia excelsa) e para garantir um plantio bem sucedido, vale seguir algumas regras: recuo mínimo de 0,50m do meio fio; distância de 1m da entrada da garagem e de 7m da esquina; os vãos livres entre a copa e a rede elétrica precisam ser, respectivamente, 2m e 1m; a árvore de porte pequeno (até 4m de altura) necessita ficar a 5m da placa de sinalização, já a de tamanho médio (até 6m de altura) a 7m de distancia das placas.

Densidade da Copa: Uma bela árvore na área verde sempre é bem vinda, tanto pela ornamentação quanto pelo agradável sombreamento. No entanto, existem muitas duvidas de como aproveitar todos os seus benefícios, acreditamos que a sombra pode ser melhor aproveitada através da colocação de bancos, mesas e redes. Para complementar o local com vegetação use forrações que toleram a sombra, como singônio (syngonium angustataum) filodendro (philodendron sp) pileia (pilea cadierei), maria-sem-vergonha (impatiens walleriana), clorofito (chlorophytum comosum) e grama-preta (ophiopogon japonicus). Também sugiro trabalhar com outros materiais para revestir o solo, por exemplo, deque, piso de pedra, pedrisco ou casca de pinus. Quem não gostaria de estar agora debaixo de uma sombra “gostosa” e ainda com um belo visual? Acabe com o stress deixe as plantas mudarem sua vida.

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