• Muda – material de propagação vegetal de qualquer gênero, espécie ou cultivar, proveniente de reprodução sexuada ou assexuada, que tenha finalidade específica de plantio.
• Muda-de torrão – muda com as raízes envolvidas por porção de terra devidamente acondicionada.
• Muda-de-raíz-nua – muda com raízes expostas, devidamente acondicionadas.
• Viveiro – área convenientemente demarcada para a produção de mudas.
• Viveiro a céu aberto - área livre demarcada para o plantio de mudas.
• Viveiro rústico – com cobertura e laterais protegidas com material rústico (folhas de palmeiras etc.)
• Planta matriz – planta original com bons atributos genéticos de onde se extrai as hastes (garfos e borbulhas) para a propagação vegetativa.
• Propagação vegetativa – processo de reprodução assexuada.
• Produtor de mudas – pessoa física ou jurídica que produza sementes ou mudas por meio de semeadura ou plantio, assistido por um responsável técnico.
• Enxertia – método de propagação vegetativa para substituição da copa de uma planta visando a melhoria genética.
• Porta-enxerto ou cavalo – parte da enxertia que fornece as raízes,
• Enxerto ou cavaleiro – parte superir da enxertia que force a copa.
• Clone – planta ou conjunto de plantas genéticamente iguais à planta matriz.
• Estaquia – método de propagação vegetativa pelo enraizamento de estacas.
• Estaca – parte caulinar(pedaços do caule) usada para enraizamento.
• Alporquia – processo de multiplicação de plantas por enraizamento dos ramos antes de serem destacados da planta matriz ou planta-mãe.
• Pé-franco – muda obtida de semente, estaca ou raiz, sem o uso de enxertia.
• Muda-de-raíz-nua – muda com raízes expostas devidamente acondicionadas.
• Muda-de-torrão – muda envolvida por porção do solo devidamente acondicionada.
• Muda seminal – originária de semente.
• Muda clonal – originária de um clone.
Conceitos
Nome Científico: Ensete ventricosum
Nome Popular: Bananeira-da-abissínia, bananeira-de-jardim
Família: Musaceae
Origem: África
Ciclo de Vida: Bienal
A bananeira-da-abissínia é uma planta herbácea interessante sob vários aspectos. Aparentada com as bananeiras (Musa sp), ela difere destas por apresentar pecíolos curtos e por ser bienal, isto é, ela morre após a frutificação e não emite novos brotos. Suas folhas são brilhantes e enormes, com mais de 3 m de comprimento e um calibroso veio central avermelhado.
Elas são dispostas em espiral, formando o pseudocaule, caracterizado por pecíolos sobrepostos.
As inflorescências são vistosas, em longos cachos florais, com brácteas bronzeadas e duráveis, protegendo as delicadas flores de cor creme. Após o secamento completo da inflorescência, pode-se extrair as sementes, arredondadas e pretas, do tamanho de ervilhas.
No início seu crescimento é lento e em um ano após o plantio, atinge 1 metro de altura. No segundo ano há uma explosão de crescimento e pode alcançar facilmente entre 6 a 12 metros de altura.
Quanto mais bem tratada a bananeira-da-abissínia, mas rapidamente ela encontra condições de frutificar e morrer, completando seu ciclo. Desta forma, geralmente ela vive de 2 a 8 anos. É uma planta espetacular, escultural e essencialmente tropical.
Ela necessita de muito espaço no jardim, mas também pode ser cultivada em vasos grandes. Destaca-se quando plantada isolada, embora possa ser organizada em pequenos grupos também.
Alguns animais conseguem aproveitar a presença dessas plantas no jardim, mesmo sendo exóticas, ou seja, não são naturais da flora brasileira.
Pequenos espaços
Mesmo em jardins menores é possível cultivar bananeiras ornamentais plantando-as em vasos. Dependendo do tamanho, o recipiente restringe seu crescimento sem que a planta deixe de emitir inflorescências.
Quanto aos cuidados, o exemplar deve ser mantido a pleno sol ou meia-sombra (dependendo da espécie), em substrato bem drenado e poroso – para favorecer o desenvolvimento radicular – e receber irrigação frequente.
Cultivo adequado
As bananeiras ornamentais ocorrem em áreas tropicais e subtropicais do continente asiático, nas quais há chuva abundante e temperatura média anual alta. Uma certeza é que, na natureza, vivem sob a copa das árvores ou a pleno sol e em solo rico em matéria orgânica.
Por esse motivo, são exigentes em relação à água e se desenvolvem melhor em terrenos com alto teor de nutrientes orgânicos.
Pode ser cultivada isoladamente formando touceira ou em grupo, sendo relativamente tolerante a baixas temperaturas, porém, floresce com mais intensidade em áreas dos trópicos e subtrópicos com maiores amplitudes térmicas e úmidas.
Não tolera geada e deve ser mantida em solo úmido acrescido de matéria orgânica. As sementes demoram de duas a quatro semanas para germinarem, dependendo da temperatura e do substrato. As mudas dessa espécie obtidas por sementes podem emitir inflorescências em um ano.
Essa planta é fácil de lidar domesticamente, adaptando-se a diferentes terrenos, contudo, prefere os leves e soltos, o que facilita a formação de touceiras. A adubação periódica é desnecessária, mas, duas vezes ao ano, pode-se aplicar 200 g de NPK 4-14-8.
Sua manutenção também é simples, uma vez que dificilmente são atacadas por pragas e doenças e ainda não aceitam poda. Se o ‘tronco’ for cortado, o exemplar morrerá.
É possível realizar a propagação
Em qualquer época do ano por meio da separação das brotações laterais, que normalmente são abundantes. Para o plantio, é importante abrir uma cova de 30 x 30 x 30 cm para dispor o rizoma, deixando apenas uma pequena ponta para fora do solo.
O restante deve ser coberto com terra leve e solta. As musáceas precisam de espaçamento entre as mudas para que as touças se formem. Vale lembrar que a planta-mãe morrerá, no entanto, antes, soltará perfilhos (brotação lateral).
Deve ser cultivada sob pleno em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado freqüentemente. Aprecia o calor e a umidade, sem encharcamento. Não tolera geadas.
Após o inverno, suas folhas podem apresentar-se queimadas e devem ser removidas. O rápido crescimento desta planta exige adubações trimestrais o ano inteiro. Multiplica-se por sementes, postas a enraizar em saquinhos com substrato leve.
Curiosidades
Assim como a maioria das espécies tropicais, as flores das bananeiras ornamentais são bastante duráveis, podendo permanecer abertas por até um mês. Por isso, são muito utilizadas em arranjos florais.
Com o passar do tempo, perdem as brácteas que protegem os frutos, expondo-os e deixando o cacho visível. A época de floração varia entre a Primavera e o Verão.
Orquídea Vanda (Vanda sp)
Nome Científico: Vanda sp
Nome Popular: Vanda
Família: Orchidaceae
Origem: Ásia
Ciclo de Vida: Perene
O gênero Vanda é considerado um dos cinco mais importantes gêneros comerciais de orquídeas no mundo. Elas são em sua maioria epífitas, isto é, vegetam sobre o tronco das árvores, mas às vezes são litófitas ou terrestres. Seu hábito de crescimento é monopodial, e as características das folhas variam muito de acordo com o habitat, podendo ser largas e achatadas, de forma ovoíde, cilíndricas, ou suculentas.
Produzem poucas ou muitas flores, achatadas, que surgem de uma inflorescência lateral. As cores das flores podem ser muito diversas, desde amarelo, marrom, vermelho, azul, vinho, rosa com marcações ou pintas.
O labelo apresenta um peculiar dente em sua borda superior. As florações ocorrem mais de uma vez por ano e as flores são muito duráveis.
Largamente utilizada em hibridizações, as mais importantes espécies comerciais são a V. coerulea, V. sanderiana e V. dearei, que conferem às suas filhas respectivamente flores azuis, vinho e amarelas. Na foto vemos a Asconcenda Princess Mikasa, um híbrido muito conhecido entre Vanda e Ascocentrum.
Devem ser cultivadas sempre à meia-sombra em substrato próprio para epífitas, como fibra e casca de coco, cascas de árvores, carvão vegetal, entre outros, preferencialmente em orquidários telados ou estufas.
Aprecia a umidade e regas regulares, realizadas sempre que o substrato secar superficialmente. Multiplica-se por divisão da planta, preservando a estrutura completa das mudas, com folhas e raízes.
Nome Científico: Angelonia angustifólia
Nome Popular: Angelônia
Família: Plantaginaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Central, México e América e do Sul
Ciclo de Vida: Perene
A angelônia é uma planta florífera, de textura herbácea e ramagem ereta. Suas folhas são lanceoladas, acuminadas e com margens denteadas. As inflorescências em espigas eretas, carregam numerosas florzinhas semelhantes às de boca-de-leão ou pequenas orquídeas.
As flores apresentam aroma frutado, que lembra maçã e uva, e são de cores variadas, sendo que as mais comuns são branca, rósea, azul, roxa e salmão, além de flores mescladas. O florescimento ocorre na primavera e verão. A variedade mais popular atualmente é a ‘Angelmist’, patenteada e desenvolvida para ser propagada de forma vegetativa e mais resistente às doenças.
Esta planta de flores delicadas e abundantes é perfeita para a formação de maciços coloridos e bordaduras. Ela não necessita de beliscamento para formar densas moitas, mas uma boa fertilização semanal é importante para um florescimento intenso.
Pode ser plantada em vasos e jardineiras e fica excelente quando combinada com forrações verdes e pendentes.
Presta-se também para o uso como flor-de-corte, na confecção de arranjos florais e buquês bastante duráveis.
Deve ser cultivada sob sol pleno em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. A angelônia é uma planta rústica, vigorosa, resistente à curtos períodos de estiagem e calor intenso.
Não tolera encharcamento, frio ou sombra. Em países de clima temperado é conduzida como anual pois não tolera passar o inverno em casas de vegetação ou em ambientes internos.
Multiplica-se por sementes, estaquia e divisão da ramagem enraizada dependendo da variedade.
Apesar de perene, deve ser replantada anualmente na primavera para recobrar o vigor.
O espaçamento indicado é de 25 cm entre as plantas.