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Ácida - Diz-se de uma substância (solo, mistura para vasos, água, etc.) com um valor de pH inferior a 7,0. A acidez é sinal de falta de calcário ou de outra substância alcalina. V. também neutra e pH.

Alcalina – Diz-se de uma substância (solo, mistura para vasos, água, etc.) com um valor de pH superior a 7,0. A alcalinidade pode ser devida à presença de calcário. O contrário de ácida.

Alterna - Trata-se de uma forma de inserção das folhas num caule. As folhas alternas nascem isoladamente a diferentes alturas, mais ou menos segundo uma disposição alternada de um lado e outro do caule. Vt. oposta.

Antera – A parte da flor onde se encontram os grãos de pólen (as células sexuais masculinas). A antera situa-se geralmente na extremidade de um longo filete. O conjunto filete-antera constitui o estame.

Anual – Planta que germina, floresce, produz semente e morre no intervalo de um ano. Vt. bienal e vivaz

Arbusto – Planta de pequeno porte que apresenta caules lenhosos permanentes que normalmente se ramificam a partir da base, em vez de possuírem um só caule ou tronco.

Aréola ou Auréola – Órgão próprio da família das Cactaceae. Lançamento lateral modificado, a aréola tem em geral a forma de uma almofada com pêlos e/ou espinhos. As aréolas emitem flores e rebentos; cada aréola floresce apenas uma vez.

Árvore – Planta lenhosa com um tronco principal bem definido entre o solo e os primeiros ramos.

AtarraqueVt. desponta.

Axadrezado – Diz-se de pétalas e de folhas variegadas que apresentam um desenho quadriculado ou reticulado em cores contrastantes.

Axila – O ângulo formado pela folha ou pelo pecíolo com o caule que o suporta. Designa-se por axilar qualquer gomo situado numa axila.

Bainha – Qualquer estrutura tubular protetora que envolve outro órgão da planta. Ex: a bainha que constitui a base de uma folha e que abraça total ou parcialmente o ramo ou o caule.

Bienal – Planta que germina, floresce, produz sementes e morre no intervalo de dois anos. Vt. anual e  vivaz.

Bigenérico – Refere-se a um híbrido resultante do cruzamento entre progenitores pertencentes a dois gêneros distintos. Vt. intergenérico.

Bolbilho ou Bulbilho – Pequeno bolbo imaturo que certas plantas bulbosas formam na base dos bolbos maduros ou nos caules. Este termo usa-se por vezes sem grande rigor para designar tubérculos minúsculos, como os de algumas begônias, ou rebentos folhosos com bases pequenas, como em certos fetos.

Bolbo ou Bulbo – Órgão de armazenamento de reservas nutritivas, geralmente subterrâneo, e comparável a um gomo na medida em que contém, em embrião, as folhas e por vezes as flores da planta. os bolbos, que permitem que numerosas plantas suportem longos períodos de inatividade total (dormência), apresentam frequentemente uma membrana protetora (túnica).

Bráctea – Folha modificada, frequentemente fazendo parte de uma flor, e cujo aspecto pode ser o de uma folha ou de uma pétala; é por vezes muito colorida e duradoura.

Caduca – Diz-se da folhagem que cai anualmente no final de um período de crescimento ativo e que, após o período de repouso, se renova.

Cálice – Invólucro externo de uma flor que pode ser constituído por sépalas livres ou soldadas numa estrutura única. O cálice é em geral resistente, de cor verde, e protege a corola, que se encontra no seu interior. Em algumas plantas, contudo, apresenta-se intensamente colorido e assemelha-se à corola.

Casca – Invólucro exterior dos caules, troncos, frutos, tubérculos, sementes, etc. Muitas plantas enraízam mais rapidamente a partir de estacas com um pouco de casca (designadas por estacas lenhosas).

Cavalo – Ramo ou tronco em que se enxerta a planta que se quer propagar.

Clorose – Estado das plantas no qual as folhas se tornam anormalmente descoloridas, esbranquiçadas ou amarelas e que em geral se deve a carência de minerais essenciais, principalmente ferro.

Colo – Zona na base ou no centro de uma herbácea vivaz de onde partem rebentos e raízes. O colo é, na planta, o ponto de contacto entre rebentos e raízes.

Coluna - Corpo em que as partes masculina e feminina da flor se encontram fundidas. A coluna é uma característica essencial para a identificação das orquídeas.

Composta – Refere-se principalmente a uma folha formada por dois ou mais limbos, embora este termo possa também designar flores ou frutos constituídos por várias partes semelhantes. O contrário de simples.

Cormo – Órgão subterrâneo rico em reservas formado na base intumescida do caule, geralmente protegido pela túnica, escamas de consistência semelhante à do papel.

Corola – É habitualmente a parte mais decorativa da flor. Pode ser constituída por pétalas livres ou soldadas formando uma estrutura única. Ao contrário do cálice, normalmente verde, a corola pode apresentar várias cores.

Costas – Em geral, linha em relevo que percorre órgãos e partes vegetais formando ressalto.

Cotilédone – A primeira folha ou folhas que emergem após a germinação e cuja função é nutrir a jovem planta nas primeiras fases do seu crescimento. Com frequência, os cotilédones diferem no aspecto das folhas que nascem depois, assim como das folhas adultas.

Cristado – Com cristas ou em forma de crista. Designa uma excrescência de aspecto anormal em forma de crista que pode surgir em determinado ponto de uma folha, caule ou flor. Entre as plantas de interior encontram-se alguns fetos de folhas cristadas e certos tipos de cactos e algumas suculentas de caules também cristados.

Cultivar – Designação atribuída a uma variedade originada não espontaneamente mas por cultura. Os nomes dos cultivares são expressos numa língua moderna, e não em latim, e devem escrever-se entre aspas simples. Vt. variedade.

Desponta – Remoção do gomo terminal de um caule, promovendo assim o desenvolvimento a partir de nós situados noutros pontos do caule. Esta operação, também designada por atarraque, destina-se a estimular o aparecimento de folhagem mais densa e/ou a produção de botões. Embora esta operação possa ser feita com o indicador e o polegar, deve recorrer-se de preferência a uma lâmina afiada.

Digitada – Significa à letra «em forma de dedos» e aplica-se para descrever um folha com três ou mais folíolos emergindo de um único ponto do pecíolo.

Disco - Extremidade muito dilatada do caule na qual estão inseridas as peças florais. O disco é uma característica da inflorescência (capítulo) das plantas da família Compositae.

Dobrada – Diz-se da flor que apresenta pelo menos duas camadas completas de pétalas. Vt. singela e semidobrada.

Dormência – Estado temporário de inatividade total. Esta palavra tem uma interpretação muito ampla entre os botânicos. Contudo, no seu sentido mais restrito, considera-se que uma planta se encontra não apenas em repouso, mas em estado de dormência, quando a sua parte aérea murcha (e por vezes também as raízes, como acontece com grande número de bolbos).

Entrenó – Porção de3 caule entre dois nós.

Epífita – Planta que no estado selvagem cresce sobre outra ou em rochas. As epífitas seguram-se aos suportes por meio de raízes aéreas e absorvem o alimento da atmosfera ou das fendas onde se alojam. As epífitas, entre as quais se destacam as bromeliáceas e as orquídeas, não são plantas parasitas.

Espádice – Tipo de inflorescências mais comuns nas plantas da família Araceae formada por uma espiga de flores unissexuais e eixo carnudo envolvida por uma bráctea ampla, não raro colorida. Vt. espata.

Espata – Bráctea ou folha modificada, grande, por vezes intensamente colorida, que envolve ou suporta a espádice em plantas que pertencem à família Araceae.

Esporângio – Órgão produtor de esporos. O mesmo que soro.

Esporão ou cálcar - Nas flores, o esporão é uma projeção oca, geralmente cônica ou tubular, contendo néctar para atrair os insetos polinizadores. Este termo designa também um ramo curto portador de gomos florais como nas hóias.

Esporo – Minúsculo corpo reprodutor unicelular dos fetos e dos musgos. Os esporos dos fetos encontram-se em formações acastanhadas salientes (esporângios ou soros) na página inferior das frondes.

Estaca – Uma porção de caule, folha ou raiz, ou por vezes toda uma folha, retirada de uma planta e tratada de forma que produza raízes e eventualmente se transforme numa nova planta.

Estame – Unidade do androceu (parte masculina da flor). Compõe-se geralmente de filete e antera.

Estigma – Porção superior do pistilo (órgão feminino da flor) que recebe o pólen e geralmente se torna muito viscosa quando a flor está apta a ser polinizada.

Estilete – A haste que liga o ovário ao estigma no pistilo de uma flor. O estilete, de comprimento e largura variáveis, é inexistente em alguns tipos de flor.

Estiolado – Termo aplicado a plantas cujos caules se tornaram longos e finos com folhas pequenas, frequentemente descoloridas, em geral devido a luz inadequada ou, especialmente no caso de plântulas, a aglomeração excessiva.

Estípula – Apêndice em forma de folha ou de escama que certas plantas apresentam na base do pecíolo.

Estolho – Caule rastejante que enraíza nos nós e assegura a multiplicação da planta.

Estomas ou estômatos – Poros respiratórios microscópicos situados, na sua maioria, na página inferior das folhas.

Fauce – Abertura de uma corola campanulada, afunilada ou tubulosa. Designa também a região interna em que o limbo da corola se liga ao tubo do cálice.

Filete - Qualquer órgão filiforme; mas utiliza-se principalmente para designar, numa flor, o eixo do estame terminado pela antera.

Filho – Certas plantas emitem como que miniaturas suas que podemos chamar filhos.

Flor – Órgão da planta adaptado à reprodução sexuada em que o pólen proveniente da parte masculina (estame) é transferido para o ovário da parte feminina (pistilo) para que se dê a fecundação e surjam então as sementes.

Folha – Órgão em que o processo da fotossíntese gerador de energia é levado a efeito graças à clorofila (substância verde). Um pequeno número de plantas não apresenta folhas (por exemplo, cactos). A folha completa inclui: bainha, pecíolo e limbo.

Folíolo – Qualquer segmento de uma folha composta. Vt. pina, pínula.

Forçagem – Processo que tem por objetivo provocar o desenvolvimento das plantas fora da época própria, recorrendo para isso a meios artificiais, em geral calor e luz.

Fronde – Usa-se principalmente como termo de alternativa para folhas de fetos (simples ou compostas). Vt. composta, pinulada, ráquis.

Gavinha - Trata-se de uma adaptação de uma folha ou de um ramo destinados a segurar certas plantas trepadeiras. É um órgão filiforme emergindo da axila da folha. Em algumas plantas são os pecíolos que desempenham o papel das gavinhas.

Gloquídio – Pêlo minúsculo, farpado e rígido que se encontra em tufos em certos cactos (opúncias, por exemplo), em vez de, ou juntamente com, espinhos lenhosos. Tal como estes, os gloquídios emergem das aréolas do cacto.

Gomo – Ponto vegetativo geralmente protegido por escamas sobrepostas. O gomo foliar contém folhas em embrião. O gomo floral, ou botão, contém, em embrião, flores ou grupos de flores.

Herbácea – Diz-se da planta de consistência tenra, não lenhosa. Embora o termo se aplique principalmente às plantas vivazes cuja parte aérea murcha completamente no Inverno, pode ainda designar qualquer tipo de planta cujo caule nunca se torna lenhoso.

Híbrido – Planta resultante do cruzamento entre dois progenitores diferentes (que podem ser de diferentes variedades, subespécies ou espécies de um único gênero, ou mesmo formas diferentes de gêneros muito próximos). Geralmente, não é possível cruzar plantas de famílias diferentes.

Indumento- Escamas, pêlos ou partículas minúsculas que cobrem a folhagem e/ou outras partes da planta e que lhe conferem aspectos vários.

Inflorescência – Termo genérico para designar a parte floral de uma planta. Embora tecnicamente se aplique a qualquer flor em qualquer caule, emprega-se mais vulgarmente em relação a conjuntos de flores, tais como capítulo, cacho, espiga e umbela, entre outros.

Intergenérico – Diz-se de um híbrido resultante do cruzamento múltiplo entre progenitores distintos. Por vezes, designam-se por intergenéricos os híbridos que têm apenas dois progenitores, embora neste caso seja mais correcto classificá-los como bigenéricos.

Involuto - Côncavo como uma calha. Emprega-se geralmente para folhas compridas e estreitas com margens viradas para cima, e ainda para descrever caules que apresentam uma canelura num dos lados formando uma depressão.

Labelo – Parte da corola que é geralmente diferente dos restantes segmentos e constitui em geral o segmento inferior da flor. O labelo é uma característica de todas as orquídeas.

Látex - Suco leitoso produzido por certas plantas, como as eufórbias e alguns ficus. Pode ser venenoso.

Lenhoso. Diz-se do tecido que se torna rijo. Os caules lenhosos são em geral vivazes.

Limbo – Porção expandida de um órgão, em particular de uma folha. Designa aquilo a que vulgarmente se chama folha.

Lobo – Qualquer porção (geralmente, embora nem sempre, arredondada) de um órgão, como uma folha ou pétala, que apresenta recorte profundo.

Mamilo – Excrescência ou protuberância arredondada num órgão de uma planta. Os mamilos são particularmente abundantes nos caules de numerosos cactos, constituindo uma característica de algumas espécies.

Margem – A beira ou a linha que delimita um órgão de uma planta; este termo aplica-se principalmente à orla da folha.

Monopodial – Diz-se de um caule que continua a crescer a partir de um único ponto vegetativo, ramificando-se muito raramente; este termo aplica-se, sobretudo em relação às orquídeas.

Muda – Planta jovem obtida da germinação da semente ou de estacaria, não apresentando ainda ramificações do caule, mas que se encontra suficientemente desenvolvida para poder ser envasadas.

Nervura - Veio de tecido condutor, em particular uma folha. As nervuras são em geral mais pronunciadas na sua página inferior. Quando se situa no prolongamento do pecíolo, a nervura diz-se central ou em folhas compostas ráquis.

Nervura central – Nervura geralmente saliente em relação à superfície da folha e  que a percorre longitudinalmente, dividindo-a em duas partes iguais.

Neutra – Diz-se de uma substância ( solo, mistura de envasar, água, etc.) que não é nem ácida nem alcalina. (Na escala pH o neutro corresponde ao índice 7,0).

- O local, num caule ou num ramo, de onde emergem folhas e lançamentos laterais. Os nós são frequentemente designados por articulações e apresentam-se por vezes intumescidos. Um nó pode ter perdido a respectiva folha.

Olho – Em horticultura, uma palavra com dois significados diferentes. Um olho pode ser um gomo num caule ou num tubérculo. E um olho é também o centro de uma flor, especialmente quando esta é rodada e a cor do centro contrasta com a do resto da flor.

Ondulado – Com margens que ondulam como as de um folho; embora este termo se possa aplicar à pétalas e à sépalas, usa-se principalmente com a do resto da flor.

Oposta – Emprega-se este termo para designar a inserção das folhas num caule. Neste caso, as folhas nascem duas em cada nó, em lados opostos do caule.

Ovário – Porção do pistilo que suporta os óvulos.

Pecíolo – O pé de uma folha. Uma das partes que compõem a folha (as outras são a bainha e o limbo).

Pedúnculo – O pé da flor.

Pendente – Que pende, suspenso.

Perianto – Os invólucros da flor, isto é, o conjunto do cálice e da corola que envolve os órgãos de reprodução.

Período de crescimento ativo – O período em cada doze meses (não necessariamente coincidentes com o ano do calendário) em que uma planta emite novas folhas, aumenta de tamanho e, em geral, produz flores.

Período de repouso vegetativo – O período em cada doze meses em que uma planta se mantém relativamente inativa, conservando a sua folhagem, mas manifestando poucos ou nenhuns sinais de desenvolvimento.

Persistente – Diz-se da folhagem que ao longo do ano não cai, nem mesmo durante o período anual de repouso, se o houver. O contrário de caduca.

Pétala – Cada uma das partes que compõem a corola da flor.

pH – É o índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade solo, mistura de envasar, etc. A escala de pH é utilizada para medir a acidez ou a alcalinidade de qualquer destas substâncias. Esta escala vai de 0 a 14, sendo a água pura (pH 7,0) o padrão.

Pina – Folíolo de uma folha ou fronde pinulada.

Pínula – Cada um dos segmentos (folíolos) de uma folha recomposta, tripinulada ou tetrapinulada.

Pinulada ou penada – Diz-se de uma folha composta que apresenta dois ou mais folíolos (pinas) inseridos sobre um eixo no prolongamento do pecíolo. Em algumas folhas compostas – nas dos fetos em especial – cada pina encontra-se por sua vez dividida em outros folíolos (pínulas), tomando a folha, neste caso, o nome de recomposta ou bipinulada. Noutras, os folíolos secundários apresentam-se ainda divididos, designando-se a folha então por tripinulada ou tetrapinulada.

Pistilo – Órgão feminino da flor. O pistilo compõe-se normalmente de ovário (onde se desenvolvem as sementes), estilete e estigma.

Plântula – Plantinha nascida há pouco, diretamente resultante da germinação da semente.

Pôla - Rebento de caule que se insere na base do tronco próximo do colo e que emite folhas e raízes próprias.

Polvilho ou pruína – Pó muito fino, de natureza cerosa, em geral de cor esbranquiçada ou azulada, que reveste certas folhas e frutos.

Ponto de crescimento ou ponto vegetativo – Ponto da planta onde, como consequência da atividade das células aí localizadas, se produz um fenômeno de crescimento .

Proeminências longitudinais – Termo que designa umas saliências longitudinais na superfície dos caules dos cactos.

Pseudobulbo – Um falso bolbo. Numa orquídea epífita, o pseudobulbo consiste num caule espessado que emerge do rizoma a intervalos e serve de órgão de armazenamento – não muito diferente, afinal, de um bolbo à superfície -, muitas vezes ostentando folhas e flores, se as houver.

Quilha - Crista em forma de V semelhante à quilha de um barco que surge numa das páginas de uma folha ou de uma pétala devido à existência de uma canelura na outra página.

Raiz aprumada – Raiz que se desenvolve penetrando mais ou menos verticalmente no solo, em particular se é a única ou a principal raiz da planta.

Raízes aéreas – Raízes que se desenvolvam no ar, emitidas por caules aéreos. As funções destas raízes são, frequentemente, a de segurar a planta  a árvores ou a outros suportes e a de absorver a umidade do ar.

Ráquis – Eixo central de uma folha composta, constituí um prolongamento do pecíolo. Designa também o eixo de um cacho de flores.

Rebento ou broto – Uma nova planta produzida naturalmente por uma planta adulta, em geral na base desta, como acontece com os bolbos, bromeliáceas, cactos e outras suculentas. Os rebentos arrancam-se facilmente para propagação.

Recomposta ou binipulada – Diz-se da folha em que, sobre o eixo que se encontra no prolongamento do seu pecíolo, estão inseridos outros eixos; sobre estes são também inseridos os folíolos.

Resistente. Diz-se das plantas que conseguem sobreviver ao ar livre durante todo o ano numa latitude em que geralmente ocorre um período anual de frio intenso. O contrário de sensível.

Rizoma – Caule carnudo, geralmente (mas nem sempre) horizontal e subterrâneo, que dura mais de uma estação de crescimento e que é, com frequência, um órgão de armazenamento de reservas. Normalmente, o rizoma emite raízes subterrâneas para absorverem o alimento, e ainda lançamentos aéreos.

Roseta – Disposição das folhas em que estas irradiam a partir de um centro, quer em hastes individuais (como nas saintpáulias), quer sobrepondo-se em espiral (como em grande número de echevérias e bromeliáceas).

Sarmento – Caule ou ramo lenhoso, longo e flexível, que se eleva apoiando-se em suportes vários.

Semidobrada – Diz-se de uma flor com mais de uma camada de pétalas, mas com menos do que as que se encontram numa flor dobrada.

Sensível – Diz-se da planta susceptível de ser afetada pelo frio, especialmente no Inverno, a uma dada latitude. A maioria das plantas de interior é sensível dentro dos limites da zona temperada. O contrário de resistente.

Sépala - Cada uma das partes que compõem um cálice.

Séssil – Sem bainha nem pecíolo; diz-se das folhas ou flores que emergem diretamente do caule.

Simples – Diz-se das folhas não divididas em folíolos. O contrário de composta.

Simpodial – Diz-se de acaules ou de rizomas em que os pontos vegetativos sucessivos (pseudobulbos ou nós, por exemplo), produzem inflorescências anuais e que o desenvolvimento ulterior se processa por ramificação.

Singela – Diz-se da flor que apresenta uma única camada de pétalas ou de lobos da corola.

Sinuado – Com margens recortadas num mesmo plano, sendo esse recorte irregular (no que difere de ondulado); embora este termo se aplique geralmente a folhas, pode também ser utilizado para pétalas e mesmo sépalas.

SoroVt. esporângio.

Subarbusto – Planta vivaz, lenhosa na base, mas apresentando caules de consistência herbácea.

Substituição superficial da mistura – Consiste em substituir uma camada de mistura retirada de um vaso por igual quantidade de uma nova mistura. Esta operação pratica-se normalmente como alternativa para a mudança de vaso com plantas que cresceram já demasiado para serem transplantadas para vasos ou recipientes maiores.

Suculenta – Qualquer planta, em geral oriunda de regiões relativamente secas, que apresenta caules carnudos e/ou folhas que podem armazenar água.

Terminal - Diz-se do gomo, ramo ou flor de um caule ou de uma planta situados no ponto mais elevado e geralmente central.

Torrão – O conjunto formado pelas raízes de uma planta e a mistura a que aderem num vaso ou em qualquer outro recipiente.

Transplantação - Operação que consiste em mudar os rebentos ou mudas dos vasos ou das caixas onde se obtiveram para outros recipientes em que possam ser plantados individualmente ou mais espaçados. Genericamente significa o mesmo que envasamento.

Tubérculo – Palavra utilizada para designar órgãos carnudos de vários tipos onde se acumulam reservas nutritivas. Por outras palavras, um caule dilatado acumula alimento para a planta, a fim de que esta possa resistir ao frio e/ou à seca. Os tubérculos caulinares podem ser subterrâneos ou desenvolver-se à superfície do solo; por vezes, encontram-se até em caules aéreos. São os gomos (olhos) existentes nos tubérculos que dão origem a novos rebentos.

Tubo do cálice – Nas corolas em que as pétalas se encontram unidas, a união das suas unhas denomina-se tubo do cálice.

Túnica – Invólucro exterior livre, membranoso ou fibroso, de numerosos bolbos e de cormos.

Variedade – Planta que difere da espécie original. O termo variedade, tal como o empregam os botânicos modernos, refere-se apenas a variantes que surgiram espontaneamente. Contudo, a palavra aplica-se com frequência a variantes obtidas por cultura que, em rigor, se deveriam designar por cultivares. O nome das variedades propriamente ditas é expresso em latim e sem aspas.

Variegado – Diz-se das folhas (e por vezes das flores) que apresentam riscas ou manchas ou qualquer outro desenho numa coloração diferente do verde habitual.

Verticilado – Três ou mais folhas ou flores irradiando de um único nó, como os raios de uma roda.

Vivaz – Planta que vive durante três ou mais estações, em geral por tempo indeterminado.

Vivíparas - Plantas nas quais se observa o seguinte fato: os embriões não possuem fase de vida latente e, portanto, vão-se desenvolvendo mesmo dentro da semente. Assim, quando a plântula se desprende da mãe, já se encontra bastante desenvolvida.

borboletinhas-azuis1

betula

Bétula é o nome de um gênero de árvores da família Betulaceae, (próxima dos carvalhos, Fagaceae), à qual pertence também a aveleira, Corylus avellana . As bétulas são  arbustos ou árvores pequenas ou de tamanho médio, características de climas temperados do hemisfério norte. Têm folhas alternas, simples que podem ser dentadas ou lobadas. O fruto é uma pequena tâmara, embora possam estar reduzidas em algumas espécies.

Cor e Variedade
As bétulas seja quais forem as suas dimensões, são elegantes e decorativas.
Existem bétulas de várias dimensões, são elegantes e decorativas. Especialmente as de casca branca.

As bétulas são decorativas em todas as estações, e ficam bem em qualquer lugar. Sozinhas ou em grupos de três, produzem um belo efeito se colocadas num gramado ou entre um grupo de plantas rastejantes sempre verdes.

Os ramos brancos e as folhas amarelas destacam-se sobre um fundo verde de tons escuros. Na natureza, as bétulas crescem em pequenos grupos. É possível recriar esta composição plantando várias árvores sem uma ordem definida. Preferem o terreno húmido, as bétulas são adequadas para locais frescos, como proximas de um lago ou ribeiro.

Plantando a Bétula
Material:
muda de  Bétula em vaso, pá, forquilha, água e estacas

1 – Cave um buraco três vezes mais largo que o vaso e da mesma altura. Com uma forquilha lavre o terreno extraído.

2 – Retire a bétula do vaso e se as raízes externas estiverem emaranhadas liberte-as delicadamente com as mãos, sem as partir.

3 – Coloque a árvore no buraco de modo que a base fique ao nível do solo. Estique as raízes para os lados.

4 – Encha o buraco e compacte de modo a não deixar bolsas de ar. Regue abundantemente a base da planta.

5 – Sustenha as variedades pendentes colocando duas estacas, de modo que o tronco possa desenvolver-se direito.

Truque para podar Bétulas
Pode as bétulas no Verão quando as folhas estiverem desenvolvidas. Se podar os ramos nus a planta perderá demasiada seiva.

árvore1

arustos-trepadeiras
Os arbustos desempenham um papel essencial no processo de transformação de um jardim. Constituem, em conjunto com as árvores, a estrutura permanente à volta da qual se localizam e misturam as outras plantas. Num jardim sem arbustos nem trepadeiras, nota-se a falta de ênfase e variação de altura, bem como da unidade que pode ser criada pelos seus ramos interligados.

No Inverno, quando muitas das plantas anuais morrem,o jardim pode ficar desprovido de relevo e vida. No entanto, graças às suas folhas, flores, frutos e caules,os arbustos podem colori-lo ao longo de todo o ano. Além disso, têm a utilidade conservar a privacidade do jardim. Ao contrário das plantas anuais, arbustos desenvolvem ramos lenhosos e robustos, que se mantêm longo de todo o ano. A diferença entre um arbusto e uma árvore não limita a um mero problema de altura, mas sim de “condução” ou “aspecto”: um arbusto possui diversos ramos desde o nível do solo,ao passo que uma árvore apresenta um tronco único lenhoso que se ramifica a uma certa distância do solo.

A olaia, por exemplo, pode ser um arbusto se for deixada com vários ramos desde solo ou uma árvore se for «conduzida »desde o início,no viveiro,modo a possuir apenas um tronco. Muitas plantas trepadeiras são também arbustos pelo fato de formarem ramos lenhosos permanentes. São um valor inestimável para criar uma ligação visual entre uma casa e o seu jardim, formando um todo.

Como os arbustos vivem durante muito tempo, devem ser cuidadosamente escolhidos antes de se lhes dar um lugar no jardim.O primeiro ponto ter em conta é se se pretende que sejam de folha persistente ou caduca.Os arbustos de folha persistente não deixam cair as folhas no Outono e apresentam-se sempre revestidos de folhagem.

Em contrapartida, os de folha caduca perdem as folhas no Outono, ficam despidos, entrando em período de dormência no Inverno,e rebentam de novo na Primavera seguinte. Muitas vezes compensam a sua singeleza de Inverno com uma profusão de flores mais espetacular do que a produzida pelos de folha persistente. Os arbustos plantados muito perto uns dos outros devem ser podados todos os anos, ficando assim com uma forma semelhante e anônima.

Os arbustos aos quais se permite que cresçam naturalmente adquirem muito maior individualidade, beleza e saúde. São quatro as principais formas dos arbustos:arredondada,aprumada,horizontal e pendular. Se se precisa de uma planta alta para enfeitar o canto de um jardim pequeno, não faz sentido escolher uma forma arredondada; terá ultrapassado a largura possível muito antes de atingir a altura deseja da. Será por isso necessário um arbusto aprumado. Para tapar uma pilha de composto, seria muito mais adequado um arbusto arredondado de folha persistente do que um arbusto estreito, aprumado, de folha caduca.

O interesse dos arbustos de folha persistente
Estes arbustos,que no início do nosso século eram considerados um pouco monótonos,são reconhecidos atualmente como tendo aplicações muito interessantes. A aucuba, o evônimo, o azevinho e o ligustro são exemplos de alguns dos mais populares arbustos de folha persistente. Dão cor no Inverno, muitos crescem bem em locais sombrios e o tamanho e a textura das suas folhas podem formar um contraste interessante com os arbustos mais exuberantes de folha caduca.

Enquanto no século XIX os jardineiros plantavam os seus arbustos próximos uns dos outros, hoje em dia dá-se às plantas espaço suficiente para crescerem até atingirem a sua forma e tamanho naturais.

A escolha das cores
Os arbustos constituem uma parte importante da paleta de cores de qualquer jardim. Assim, os de folha persistente fornecem manchas de verde ao longo de todo o ano, enquanto um arbusto de folha caduca muda de aspecto quase de mês para mês. No Inverno, estes últimos apresentam-se despidos e sem folhas; depois, na Primavera, cobrem-se de folhas jovens. Em seguida, vêm as flores, que são seguidas por um período de folhagem verde,que vai escurecendo à medida que as folhas envelhecem.

Podem então aparecer os frutos,seguindo-se,no Outono,a mu- dança da cor das folhas para amarelo, alaranjado, vermelho e toda uma gama de castanhos, até que acabam por cair. No Inverno, a cor dos troncos e ramos pode ainda constituir outra variação de cor. São infinitas as combinações de cores de todos os arbustos de um jardim, pelo que, ao mesmo tempo que faz a sua escolha, o jardineiro realiza-se como artista. Um uso inteligente da cor não só consegue belos efeitos visuais, como também pode alterar a perspectiva de um jardim.

Por exemplo, as cores suaves usadas ao fundo de um jardim disfarçam-lhe os limites, criando uma ilusão de maior profundidade. Esse efeito é realçado se forem usados arbustos de cores mais vivas junto da casa e a meia distância. Ao contrário, um arbusto destinado a disfarçar uma arrecadação ou uma pilha de composto,que são pouco atraentes, deve ser de cor neutra.

De fato, cores demasiado vivas só serviriam para chamar a atenção para aquilo que se pretende esconder. Antes da plantação,deve decidir a localização dos arbustos, atendendo à sua época de floração e ao período em que se encontram sem folhas,no Inverno.Deve ainda avaliar quais as cores que combinarão de forma agradável.

A escolha da cor é, obviamente, uma questão de gosto pessoal. A combinação de cinzento e branco perto da água produz um belo efeito,e os arbustos de folhagem cinzenta são também úteis quando colocados entre exemplares de cores vivas,que de outro modo chocariam entre si.Uma combinação de arbustos azuis e brancos plantados junto de um muro antigo produz um agradável contraste. Poderão ser utilizados com esse objetivo um Cotoneaster pannosa e uma Pyracantha coccinea,ambos com flores brancas,com um Ceanothus azureus,de flores azuis,entre ambos.

Mais do que agrupar arbustos com contrastes de cores muito fortes,é muitas vezes preferível escolher uma sequência gradual de cores,como tonalidades de prata, cinza e rosa ou azul, malva, púrpura e branco. Mas os efeitos mais vistosos não devem ser completamente postos de parte.

A combinação de gazânia, com as suas flores amarelas, cultivada como cobertura do solo por baixo de um hibisco com flores vermelhas confere um toque de cor espetacular no Verão. Finalmente,ao fazer a sua escolha, tenha em consideração o local onde pretende cultivar o arbusto. Alguns arbustos, como a buganvília e o jasmim (Jasminum officinale), preferem regiões quentes do litoral ou locais abrigados do interior. Nas regiões frias,há arbustos mais resistentes, como o pilriteiro, o teixo e o alecrim, que se desenvolvem muito bem.

As zonas sombrias de um jardim não devem ser consideradas problemáticas, pois algumas plantas preferem uma sombra ligeira, como as madressilvas e as hortênsias, por exemplo. Muitas outras crescem perfeitamente em locais sombrios, como o buxo,o evônimo, a azálea, o ligustro e o azevinho. O solo, que varia de jardim para jardim através do País,contém em proporções variadas areia, calcário, argila e húmus; além disso, pode ser naturalmente úmido ou seco,ácido ou alcalino.

Esses fatores influenciam muito a escolha dos arbustos. A difícil tarefa de escolher o arbusto certo para um dado solo ou determinada localização é simplificada pelo quadro iniciado na p.360, que fornece as características e requisitos de árvores, arbustos e trepadeiras. A jardinagem em zonas perto do mar traz consigo o problema especial dos ventos e salpicos de água salga- da. Muitos arbustos morrem devido aos depósitos de sal sobre as folhas; outros, como as espécies Hippophae rhamnoides,Tamarix gallica,Atriplex halimus e os loendros,resistem bem ao sal. Antes de decidir quais os arbustos a plantar num jardim à beira-mar, visite um centro de jardinagem da zona,que terá variedades próprias para o efeito.

Plantas para disfarçar recantos feios
Os arbustos e trepadeiras são de uma utilidade extrema para disfarçar partes feias de um jardim ou de uma casa. Um Cotoneaster horizontalis espalha-se ao crescer e esconde a tampa de uma fossa, permitindo que esta seja aberta sempre que necessário. No entanto, tenha cuidado com os arbustos e árvores que planta perto de uma fossa ou canalização, pois as suas raízes podem invadi-las, quebrando-as em busca de umidade. Será preferível plantá-los um pouco afastados e conduzi-los na direção pretendida. Uma madressilva (Lonicera spp.) ou uma buganvília conduzidas sobre uma rede poderão esconder os caixotes do lixo ou a pilha de composto, e uma rede de arame desaparecerá atrás de uma Clematis montana ou um jasmim.

Por baixo das janelas ou à sua vol ta é o lugar indicado para plantar arbustos e trepadeiras perfumados. Alecrim, alfazema, choisia, pitosporo e madressilva podem encher uma casa com a sua fragrância. Deve adquirir os arbustos num viveiro ou centro de jardinagem. São geralmente cultivados em vasos ou sacos de plástico,o que permite plantá-los em qualquer altura do ano,mesmo no Verão,sem prejudicar o crescimento das raízes.Seja como for,mantenha-os bem regados até ao Outono.

A melhor época para plantar arbustos e trepadeiras é, no entanto, durante a época de dormência, entre Outubro e Março. Escolha plantas de cor verde-escura e aspecto saudável e rejeite todas as que apresentem folhas murchas e acastanhadas,o que pode significar que estejam a sofrer de falta de nutrientes,luz ou água. Verifique se não sofrem de nenhuma praga ou doença e se se encontram bem fixas no torrão.

flor azul

Para a execução de um projeto paisagístico, é fundamental que se tenha conhecimento das plantas. É importante saber tipo, porte, folhagem, época de floração, local de melhor adaptação, entre outras características.

As plantas ornamentais podem ser divididas em grupos conforme seu aspecto morfológico, hábito de crescimento ou mesmo usos mais freqüentes.
Essa classificação é bastante variável, mas basicamente podem ser divididas em forrações, arbustos, árvores, palmeiras, trepadeiras e plantas entoucerantes.
As informações abaixo correspondem a observações do  comportamento das espécies, podendo variar em função das diferentes regiões onde estiverem sendo cultivadas.

Grupo de Plantas – Do ponto de vista paisagístico/ornamental, as plantas, podem ser divididas em forrações, arbustos, árvores, palmeiras, trepadeiras, plantas entoucerantes, plantas aquáticas, gramas, bromélias e suculentas.

Forrações – Forrações constituem um grupo de plantas herbáceas de pequeno porte e que são utilizadas em paisagismo com as seguintes finalidades:
- Fazer o acabamento nos jardins, em composição com espécies de porte maior;
- Revestir o solo, evitando a ocorrência de áreas nuas, as quais podem sofrer com erosão ou ainda serem motivo de poeira ou lama;
-Quebrar a monotonia dos gramados quando são utilizadas intercaladas a esses;
- Recobrir o solo, em locais onde há a impossibilidade de uso de gramas;
- Manter a umidade do solo;
- Evitar a incidência de plantas invasoras (plantas daninhas).

O hábito de crescimento pode ser horizontal ou vertical, dependendo da espécie. As forrações não suportam o pisoteio como os gramados. Nesse grupo, incluem-se as floríferas e aquelas que ornamentam pelas suas folhagens. As forrações podem ser adaptadas a locais com incidência de sol pleno, meia sombra, sombra e até obscuridade.

Árvores – Constitui toda espécie vegetal lenhosa, geralmente sem bifurcações na base do caule, com portes variados e diferentes formas de copas. Quanto ao porte, este pode ser dividido em pequeno (até 5,0 m), médio (5,0 a 8,0 m) e grande (acima de 8,0 m). Quanto à forma da copa, as árvores podem ser colunar, cônica, globosa, pendente, umbeliforme.

Principais funções:
· Proteger contra ventos fortes;
· Proteger contra ruídos;
· Dar privacidade a determinado local;
· Fornecer sombra;
· Contribuir para aspectos estéticos da paisagem

Arbustos – Arbustos são espécies vegetais lenhosas, com ramificação desde a base, e altura média de até 4 m de altura. Quanto à luminosidade, existem arbustos de pleno sol, meia-sombra e sombra.
De modo geral, são plantas que aceitam poda, o que harmoniza a sua condução, permitindo obter um formato ajustado ao jardim onde estão inseridos ou ainda a formação de figuras, denominadas topiarias.

Os arbustos, em função do porte, podem ser utilizados em diversas áreas e com diferentes finalidades no jardim. Podem ser utilizados como elemento dominante em determinada área, na formação de cercas vivas, com a finalidade de delimitar uma linha de vista, orientar a circulação, podendo ainda ser utilizados isolados, em pequenos grupos, ou associados a forrações ou outros tipos de vegetação.

Gramas – Os gramados representam quase sempre de 60 a 80% da área ajardinada. Em geral, as espécies de grama necessitam de sol pleno ou meialuz para se desenvolverem bem. Existem algumas espécies de grama disponíveis para formação de gramado e a escolha deve ser em função do clima da região, da finalidade de uso, da luminosidade da área, da manutenção que será destinada à área, do sistema de irrigação disponível, do tipo de vegetação que circunda o gramado (existem espécies mais nobres e outras menos).

Palmeiras – As palmeiras pertencem à família Arecaceae (Palmae) e são espécies de grande uso nos jardins. Apresentam a desvantagem de crescimento lento, além da ocorrência de desprendimento das folhas quando envelhecem.

Existem quatro exemplos de modelos de arquitetura de palmeiras:
- Palmeiras monocárpicas não ramificadas;
- Palmeiras policárpicas não ramificadas;
- Palmeiras ramificadas;
- Palmeiras de caules solitários com ramificação dicotômica.

As palmeiras têm grande importância em projetos paisagísticos, principalmente em função de sua forma e rusticidade. Podem ser cultivadas isoladamente ou em grupos, sempre em posições dominantes no jardim. Existe um grande número de palmeiras nativas e diversas outras exóticas, mas bastante adaptadas ao nosso ambiente. A escolha deve depender das características do projeto em harmonia com as características de cada espécie.

Trepadeiras – Corresponde a toda espécie vegetal de caule semilenhoso ou mesmo herbáceo, que necessita de um suporte para se desenvolver. Como seu crescimento pode ser  conduzido, as trepadeiras geralmente são utilizadas na formação de cercas-vivas, separação de ambientes, revestimento de muros ou paredes, formação de pérgolas, arcos e treliças.

Elas podem ser:
- Volúveis: quando se enrolam em aspiral no suporte, não possuem outro tipo de fixação, portanto, não conseguem subir em paredes ou muros por si só, necessitando de suportes adequados;
- Sarmentosas: Quando possuem estruturas de fixação como gavinhas, espinhos curvos, raízes adventícias, etc. Conseguem subir em quase todo tipo de suporte;
- Cipós: Não possuem qualquer tipo de órgão de fixação e nem são volúveis. Possuem caules rígidos, que conseguem subir vários metros sem apoio, até que se vergam pelo próprio peso sobre algum suporte;
- Escandentes: São plantas mais arbustivas, que em locais abertos formam arbustos, quando plantadas junto a um suporte, seus ramos se apoiam neste e atingem vários metros de altura.

Plantas entoucerantes – Plantas entoucerantes são aquelas que se desenvolvem formando diversos caules, com crescimento indefinido, em forma de touceira. A propagação é geralmente feita através de divisão de mudas que são emitidas na base da touceira. Existem diversos exemplos de plantas pertencentes a este grupo, com grande importância nos projetos de paisagismo.

Plantas Aquáticas – As plantas aquáticas, em função da posição em que se desenvolvem na água, podem ser classificadas em flutuantes, emergentes e submersas.

a) Flutuantes – Não necessitam de nenhuma fixação em solo. Desenvolvem-se na superfície da água, da qual extraem todos os nutrientes que necessitam. Os melhores locais são os de águas calmas como lagoas, tanques, represas.

b) Emergentes – Estas plantas fixam suas raízes no solo e as folhas e caules iniciam o desenvolvimento submersos, mas emergem para superfície, onde também ocorre a floração.

c) Submersas – Desenvolvem-se fixas no solo, sem emergirem à superfície da água. Na água realizam fotossíntese liberando oxigênio para os peixes.

d) Palustres – São plantas recomendadas para cultivo em solos encharcados

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