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solos

Nem sempre o terreno que encontra na natureza é o melhor para reproduzir as plantas do seu jardim. Se estiver a preparar um jardim e quiser saber que tipo de terreno é o seu, terá que conhecer as diversas opções possíveis.

Em geral, um solo pode ser de três tipos: arenoso, barrento e argiloso. O solo “perfeito” necessita muitas vezes de uma intervenção no sentido de corrigir os excessos possíveis e prepará-lo para cada tipo de planta.

Dependendo da história da sua formação e da utilização a que foi sujeito, um solo pode ter uma textura constituída por uma gama de partículas mais finas e pequenas ou pelo contrário, ter menos partículas, mais irregulares e maiores.

Um solo pode ser descrito consoante o tipo predominante de partículas presentes – areia, lodo ou barro. Com um teste simples você pode determinar com facilidade qual o tipo de solo. Se verificar existirem diferenças de um local para outro, poderá repetir este teste com várias amostras de solo.

Para isso basta colocar uma pequena quantidade de terra do seu jardim na palma da mão esquerda, umedeça-a ligeiramente, apertar entre dois dedos e ver o que sente: se o solo for arenoso sentirá rugosidade; se for lodoso, terá uma sensação de pó de talco molhado, suave; mas se ficar peganhento, escorregadio e duro quando seco, então o seu solo é do tipo argiloso.

Cada um destes três tipos de solo tem características físicas únicas, que são determinadas pela maneira como foi formado. Se em tempos existiu um fluxo de água corrente, é provável que o solo tenha características lodosas que serão diferentes se for um local perto de uma montanha rochosa. Estas características básicas podem perfeitamente ser melhoradas ou manipuladas, no bom sentido, desde que não se abuse ou se cometam erros na gestão do solo.

Há ainda outro modo de estudar um solo:
1. Encha um recipiente transparente (frasco) com solo de superfície até 1/3 da altura e acrescente água até ao cimo.
2. Tape com a rolha e abane vigorosamente até desfazer todos os torrões existentes no solo.
3. Ponha o recipiente no parapeito de uma janela e observe à medida que as partículas maiores começam a depositar-se no fundo.
4. Num minuto ou dois, a parte do solo que corresponde à areia (mais pesada) deposita-se no fundo e nessa altura, faça uma marca lateral com uma caneta de feltro no recipiente.
5. Deixe a mistura repousar sem lhe mexer durante várias horas. Verá que as partículas mais finas de lodo se depositarão gradualmente sobre a areia, numa camada de cor diferente da anterior, conforme o tipo de partículas de que se compõem.
6. Deixe o recipiente repousar durante a noite. A camada que se deposita sobre o lodo poderá ser de barro.

Faça uma marca em cada uma das camadas que conseguir identificar. No topo da mistura deverá encontrar uma fina camada de matéria orgânica. Alguma desta matéria orgânica poderá flutuar à superfície da água ou toldar a água que, entretanto se concentrou à superfície. Se não existirem estes elementos numa camada de água turva, é provável que tenha de melhorar a fertilidade e a estrutura do solo adicionando material orgânico.

Estude finalmente a proporção das diversas camadas e verificará se o seu solo é constituído por mais areia, lodo ou argila. Depois o adapte de acordo com o tipo de plantas que pretende cultivar.

Qualquer solo, por mais pobre que seja, pode ser substancialmente melhorado e o esforço para consegui-lo – muitas vezes ao longo de vários anos – é recompensado através do nascimento de plantas com raízes mais fortes, com caules mais vigorosos e em geral mais saudáveis e produtivas.

Vejamos então como é possível melhorar e gerir adequadamente cada um destes três tipos de solo.

No solo arenoso, as partículas constituintes são grandes e irregulares (areias) com uma maior percentagem de rocha. Os espaços de ar entre as partículas são grandes deixando a água escoar-se a maior velocidade, arrastando consigo os nutrientes antes das raízes da planta terem tido a oportunidade de absorvê-los convenientemente. Por esta razão, em geral os solos arenosos são muito pobres em substâncias nutrientes.

Como existe muito ar entre as partículas, os microorganismos consomem mais rapidamente as substâncias orgânicas que possam existir, deixando o solo com muito pouco barro ou matéria orgânica, ou seja, sem grande capacidade para formar uma estrutura consistente. Neste tipo de solos as partículas não se agregam umas às outras, nem mesmo quando são molhadas.

Eis o que há a fazer para melhorar um solo arenoso:
- Introduza na superfície uma camada de 7,5 a 10 cm de esterco animal bem curado ou de adubo vegetal bem decomposto;
- Cubra o solo em volta do pé das plantas com folhas secas, pedaços de madeira, cortiça, palha ou feno. Esta cobertura retém a umidade e refresca o solo.
- Anualmente acrescente pelo menos 5 cm de matéria orgânica;
- Onde for possível, semeie plantas próprias para depois serem incorporadas no solo enriquecendo-o (tremoceira, etc.).

No solo argiloso, as partículas são pequenas e espalmadas. Têm tendência para se colarem umas às outras de tal modo que não deixam quase nenhum espaço poroso entre elas. Quando molhados, estes solos ficam lamacentos e impossíveis de trabalhar. Drenam a água com muita dificuldade e acumulam umidade até ao princípio da Primavera. Quando finalmente secam, tornam-se em geral tão rijos que racham com o calor.
Porque têm pouco espaço poroso no solo argiloso não se desenvolve suficiente substância orgânica nem os microorganismos. As próprias raízes têm dificuldade em romper a barreira dura que encontram, muitas vezes agravada pelo tráfico de pessoas ou de máquinas que também ajudam a compactar este tipo de solo. Em contrapartida, o solo argiloso é com frequência rico em minerais que, quando se consegue melhorar a estrutura, passam a desempenhar um papel muito benéfico para o desenvolvimento das plantas.

Eis o que há a fazer para melhorar um solo argiloso:
- Introduza na superfície uma camada de 5 a 7,5 cm de esterco animal bem curado ou de adubo vegetal bem decomposto; continue a adicionar 1 cm de matéria orgânica todos os anos;
- Faça este tratamento se possível no Outono;
- Para melhorar a drenagem, faça canteiros elevados e evite pisar o terreno onde pensa ter as plantas;
- Reduza ao mínimo a utilização de pás e ancinhos.

No solo lodoso, existem pequenas partículas irregulares de rocha partida, em geral muito densas e com relativamente pouco espaço poroso proporcionando má drenagem. Tendem porém a ser mais férteis do que os solos arenosos ou os argilosos.

Eis o que há a fazer para melhorar um solo lodoso:
- Introduza todos os anos pelo menos uma camada de 2,5 cm de esterco animal bem curado ou de adubo vegetal bem decomposto na superfície;
- Concentre a sua atenção nos primeiros 30 cm do solo, evitando que crie crosta;
- Não circule nem calque o solo a não ser que seja absolutamente necessário;
- Considere a possibilidade de construir canteiros elevados, para melhorar a drenagem.

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Calendula_officinalis

Família: Compositae/Asteraceae (daisy/aster)
Nome comum: Calêndula, Margarida

Descrição:
A Calêndula é uma planta anual muito fácil de manter e por isso muito apreciada por todos os jardineiros amadores. Dá-se bem em zonas frias onde floresce sem dificuldade, embora não tolere a geada. Dependendo da variedade e da cultura, pode crescer entre 30 a 75 cm de altura e o mesmo em largura.

As folhas são de um verde brilhante e em regra têm cerca de 10 cm de comprimento. As folhas inferiores são ovais com uma ponta arredondada e as superiores têm a forma de uma seta com várias pontas.

As flores têm entre 5 a 7,5 cm de diâmetro e sustentam-se no topo de hastes firmes e eretas. Podem ser simples ou dobradas e possuem uma grande variedade de cores desde o bege claro até ao amarelo forte ou laranja.

Algumas possuem um centro escuro de cor castanha. Todas as Calêndulas alegram festivamente um canteiro desde o início do mês de Dezembro, nunca parando de florir até bastante tarde.

Origem:
A Calendula officinalis ou Margarida, é nativa do sul da Europa e da Baía do Mediterrâneo.

Cultura: Fácil de cultivar, a Calendula officinalis requer solo sem grandes exigências e não é atacada por grandes males ou problemas de desenvolvimento, desde que não esteja em local excessivamente úmido.

Por essa razão, o solo deve ser bastante permeável. Quando chega o tempo mais quente devem cortar-se as hastes todas da planta que, embora anual, voltará a crescer de novo no início do Outono, florindo no Inverno.

Luz: Requer sol pleno ou sombra moderada. Nos climas mais quentes, durante a tarde deve ter sombra para prolongar a estação das flores, que de outra forma se queimam.

Umidade: Média.

Resistência: Suporta o frio que aliás prefere ao calor da Primavera e do Verão. Não resiste às temperaturas extremas.

Propagação:
Depois de passada a época de geadas e do frio, semeia-se a Calêndula no local onde se pretende que cresça, pois são plantas muito rápidas a crescer e fáceis de cultivar.

Aplicações: A Calêndula fica bem em praticamente todo o tipo de locais: num canteiro de jardim, à frente de outras anuais ou perenes mais altas, em bordaduras e pátios, ou em vasos e floreiras.

Na horta é muito útil e pode ser plantada sem constrangimentos, pois entre as suas propriedades de repelente conta-se a de deter pragas e organismos indesejáveis.

As flores exteriores da Calêndula podem ser utilizadas na cozinha, como aromatizantes ou para dar cor a sopas, aos estufados, a queijos e à manteiga. Experimente decorar um prato de carne assada com algumas pétalas desta flor e verá o efeito. São totalmente comestíveis.

Na medicina, há séculos que a Calêndula é utilizada em cremes e unguentos que suavizam a pele e os músculos contraídos. As pétalas exteriores e os extratos da Calendula podem ser incorporados em chás, loções e outras fórmulas, como elemento anticéptico, nas dores de dentes e como repelente de insetos.

Portanto, para além de alegre e bonita, é também uma planta muito útil.

Características:
Referimos já o seu crescimento rápido e profícuo, renovando-se todos os anos no mesmo local durante algum tempo.

É excelente para quem pretenda iniciar-se na jardinagem amadora, mesmo quando se trata de crianças que estejam aprendendo, porque recompensa muito rapidamente qualquer esforço.

O nome da Calêndula vem do latim (calendae) que significa “o primeiro dia do mês” ou do calendário e pode ter-lhe sido dado por ser das primeiras plantas a florir e continuar praticamente todos os meses do ano.

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Petrea_volubilis
Família Verbenaceae

Gênero com 30 espécies com folhas caducas ou semi sempre verdes, na maioria plantas trepadeiras, arbustos e pequenas árvores, nativo do México até a parte tropical da América do Sul. A Pétrea volubilis é cultivada por causa das flores em forma de espiga ou cacho que pode atingir de 2 a 35 cm.

A cor azul ametista é a mais conhecida e a branca a mais rara. As flores se desenvolvem da primavera ao verão. No sul do país, o nome popular é petréia. Em regiões de fortes geadas precisa de um lugar mais protegido.

A petréia é cultivada como trepadeira mesmo que, por natureza, não suba muros ou paredes, sozinha.

Nestes casos necessita de umapoio. Em cercas, pérgolas ou arcos se desenvolve semajuda. Gosta de um solo solto e fértil bem drenado e em lugares ao pleno sol.
Em fase de crescimento necessita de irrigação moderada e adubação três vezes ao ano, (primavera, verão e outono) usando um adubo balanceado (N:P:K= 1:1:1) em forma líquida ou como cobertura.

Adubos organosminerais são indicados onde a incidência solar é mais fraca.
No inverno a irrigação tem que ser reduzida. Sua poda deve acontecer no final do inverno ou no início da primavera e torna-se necessário para mantê-la em forma (atinge até 12 m) e para melhorar a floração.

Uma poda mais rigorosa após a floração é bem aceita.

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Burchellia bubalina
Família das Rubiaceae

Da Burchellia existe somente uma espécie, ela é a parente mais próxima do nosso Café fazendo parte da Família das Rubiaceae. A Burchellia, popularmente chamada Romã africana, é um arbusto originário das regiões mais quentes da África do Sul onde ela foi descoberta pelo botânico inglês William John Burchell o qual viajou também para o Brasil para pesquisar a flora Brasileira (1822 a 1824). O nome popular se criou provavelmente por causa do formato de seus pequenos frutos e da origem da planta.

Ele é cultivada por causa das suas lindas flores na cor laranja que se destacam muito bem da folhagem verde escuro composto de folhas ovais muito brilhantes com até 10 cm de comprimento e 5 cm de largura.

As flores na cor laranja muito atrativas se formam em formato de cacho (conjuntos de 10 a 12 flores individuais) nas pontas dos galhos durante todo ano, mas com maior intensidade no inverno ate o alto verão. O arbusto pode atingir 2 a 5 metros de altura e 1 a 3 metros de diâmetro.

A Burchellia pode ser mantida menor através de podas, mas ela normalmente precisa pouca poda. A época indicada para uma leve poda é após o período de maior floração (no inicio do alto verão) de maneira que se corta somente os galhos que tiram a simetria. Neste período também se retira o cacho de frutas, salvo que elas são desejadas como ornamentação. A retirada dos frutos promove uma nova floração!

Em regiões de temperaturas baixas ela precisa alguma proteção no inverno. No sul do Brasil ela deve ser usada em locais protegidos ao pleno sol ou na meia sombra contra um muro, ou contra a parede de uma casa, ela comporta curtos períodos de temperaturas ate 0 Grau Celsius mas o ideal é não menos do que +5Grau Celsius. As características da Burchellia indicam que ela deve se desenvolver bem no litoral.

A Burchellia pode ser usada individualmente ou em grupos. Ela destaca-se bem contra paredes brancas ou de tijolo a vista.

A Romã africana se adapta bem nos diversos solos, gosta de solos férteis e úmidos, mas bem drenados comportando também períodos de pouca água sem maiores problemas. Adubação balanceada em intervalos mensais no período de primavera até outono são recomendáveis.

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