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Nelumbo_nucifera

A flor-de-lótus é a flor mais tradicional dos lagos japoneses. A planta faz parte da família fazendo parte da família Nelumbonaceae e sua origem é asiática. Trata-se de uma planta habitante de cursos de água lentas ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade.

É enraizada no fundo lodoso por um rizoma vigoroso, do qual partem grandes folhas arredondadas, sustentadas acima do espelho de água por longos pecíolos. Produz belas flores rosadas ou brancas, grandes e com muitas pétalas.

É conhecida pela longevidade das suas sementes, que podem germinar após 13 séculos. É uma flor aquática primaveril cujas flores você poderá desfrutar até aos últimos dias do verão.

Segue uma explicação básica de como cuidar da flor-de-lótus.

A flor de lótus é aquática, além de ser uma flor para primavera e o verão. Portanto, para cuidar da flor de lótus deve-se considerar o clima, já que ela resiste moderadamente às temperaturas baixas. Isto quer dizer que no verão ela cresce bastante, mas na temporada do inverno, seca.

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Além disso, outro detalhe que também se deve observar são as pragas, uma vez que a flor-de-lótus costuma ser atacada pelos caracóis.

Uma vez esclarecidos todos estes detalhes, chegou a hora de cultivar a flor de lótus. O primeiro passo será lixar a ponta das sementes utilizando uma lixa de metal padrão.

Para cultivar a flor de lótus deve-se colocar as sementes em um copo de água morna sem cloro, que terá de ser trocada todos os dias até que suas sementes germinem. Não se esqueça disso pois é muito importante.

Se fizer direito, após o primeiro dia na água, as suas sementes deverão crescer quase o dobro de seu tamanho original. E lembre-se também de trocar a água, inclusive, após as suas sementes terem germinado.

O prazo de germinação das sementes da flor de lótus é de 3 a 10 semanas e, quando elas começarem a germinarem vai sair um broto verde do centro da semente.

Quando a sua flor-de-lótus estiver com 15 cm de largura você deverá transferi-la para outro recipiente. O processo é bem mais simples do que parece. Escolha um vaso adequado com capacidade para 18 litros, onde a sua planta tenha espaço suficiente para crescer.

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Outro conselho importante para o cultivo da flor-de-lótus é utilizar um pote preto que retenha o calor.

Encha seu recipiente com terra densa até 15 cm, pressione suavemente as sementes, e cubra com uma leve camada de terra. Por último, coloque seu vaso em um reservatório de água pouco profundo com 45 cm e com uma temperatura em torno de 21ºC. Estas são as condições perfeitas para o cultivo da flor-de-lótus.

Se as sementes flutuarem, significa que são inférteis. Portanto se elas não incharem como o resto, você deverá descartá-las para não deixarem a água turva e prejudicarem as restantes.

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Campsis radicans

A trombeta-americana é também conhecida popularmente como jasmim-da-virgínia, bignônia-vermelha ou trombeta-trepadeira. Trata-se de uma planta originária do sudeste dos Estados Unidos.

A planta caracteriza-se por suas flores, que são muito vistosas e crescem com uma forma genuína de trombeta, deixando o jardim com diversos tons que vão desde o laranja até o vermelho, encontrando também exemplares cujas flores apresentam uma cor similar ao fúcsia.

Dispõe de espaço suficiente no exterior de sua casa? Então esta espécie pode ser muito adequada para decorar o seu jardim.

Neste artigo uma explicação para você como cuidar de uma trombeta americana.

A floração da trombeta-americana acontece entre o verão e o outono dando lugar a flores amplas, que podem atingir dimensões de 4-5 cm de diâmetro. Isso, em conjunto com a sua folhagem densa, fazem da trombeta americana uma das melhores opções para cobrir superfícies verticais.

Esta planta é perene, possui um caule lenhoso e cresce de forma muito rápida, podendo chegar a uma altura de 10 a 12 m, por isso é utilizada normalmente como uma planta trepadeira.

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A trombeta-americana pode se adaptar praticamente a qualquer tipo de solo, mas claro que possui as suas preferências. Cresce bem em solos ricos, úmidos e bem drenados, mas também pode se desenvolver tanto em pH ácido como alcalino e tanto em solo argiloso como arenoso.

Quanto ao clima é surpreendentemente resistente, pois às vezes pode chegar a tolerar temperaturas extremamente frias, por isso é uma das melhores plantas para o jardim, pois resiste bem às geadas e permanece vigorosa.

O ideal é que desfrute de uma plena exposição ao sol, pois se por um lado tolera a semi sombra, é uma planta que pode chegar a demorar anos para produzir as primeiras flores e, quando a exposição solar direta se reduz, a floração pode demorar ainda mais.

Apesar de não ser a melhor opção, a trombeta americana também pode ser plantada em um vaso.

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Irrigação da trombeta americana
Para cuidar de uma trombeta-americana temos que ter em conta a sua irrigação. Dependerá da exposição solar da planta, do clima, do terreno e da estação do ano, mas será sempre necessário manter a terra úmida de forma constante.

No verão é preciso regar com frequência e não deixar que a terra seque, pois a planta poderia mostrar sinais de desidratação como decaimento e curvatura na folhagem.

No inverno requer muito pouca irrigação, mas será igualmente importante não deixar a terra secar e prestar atenção ao estado de saúde da planta para ir adaptando a irrigação às necessidades dela.

Tutor
A trombeta-americana é uma planta bastante autônoma quando se trata de trepar, visto que possui raízes aéreas abundantes que crescem desde seu caule lenhoso e que a planta utiliza para se fixar nas superfícies, crescendo especialmente bem em cercas, pérgolas e árvores.

No entanto, inicialmente deve ser fixada com a ajuda de um tutor (colocar ao semear a planta para não a danificar) até que o caule lenhoso se desenvolva o suficiente como para permitir uma expansão e suporte adequados da planta.

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Poda da trombeta-americana
Para cuidar de uma trombeta-americana temos que a ir podando. As bainhas que esta planta possui atraem as aves, que formam ninho na sua folhagem, liberando uma grande quantidade de sementes que germinam sem dificuldade. Por este motivo a trombeta americana pode ser muito invasiva, principalmente fora do seu habitat natural.

A poda deve ser o principal meio de controle desta planta trepadeira e é absolutamente necessária. Devem ser retiradas todas as flores secas para estimular o crescimento das novas e também podar no final do inverno os caules que já floresceram.

Uso de fertilizantes
Quando se trata de utilizar um fertilizante para plantas é sempre recomendável escolher um produto de qualidade, o mais natural possível, pois a contaminação do meio ambiente deve ser sempre considerada.

Do mesmo modo deverão ser seguidas as recomendações de dose fornecidas pelo fabricante de cada produto, pois na atualidade existem inúmeros fertilizantes e a concentração de macro e micro elementos varia de um para o outro.

Desde o início da primavera até meados do verão a fertilização deve ser semanal, durante o resto do ano não é necessário o uso de nenhum fertilizante.

porta jardim

folha de orquídea

Quando iniciamos no cultivo de orquídeas é sempre um susto se deparar com uma manchinha na folha da sua orquídea. O que mais se houve das pessoas é que deve ser fungo e eles são inimigos das orquídeas, e que podem matar a planta se conseguirem contaminar ela, enfim sempre as piores possibilidades.

Passar a informação dessa maneira acaba se tornando algo que mais prejudica do que ajuda sendo o mais comum, ver o lado ruim primeiro…

Se a semente de uma orquídea não tiver a ajuda de um tipo de fungo chamado micorriza, seria impossível germinar em meio natural e mesmo que isso ocorresse fatalmente não vingaria, pois no começo da vida de uma plântula a relação dela com o fungo é essencial para a vida dos dois, e à medida que a planta cresce essa relação fica nas raízes e é totalmente controlada pela planta, que mantém o fungo na parte externa sem acesso a raiz.

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Quando uma planta é prejudicada por um fungo, é porque ele conseguiu passar a proteção natural da planta. Isso pode acontecer em determinadas situações, como uma deficiência nutricional que debilita a proteção natural da planta ou por algum fator externo relativo ao ambiente de cultivo que dificulta a planta conseguir vegetar com qualidade.

Além disso, as pragas que atacam as plantas como a cochonilha, pulgão e caracol costumam deixar a planta com feridas por onde o fungo pode entrar e atacar.

As folhas das orquídeas são vitais para que a planta consiga vegetar com qualidade. Saber observar, e o que observar fica mais fácil para avaliar e identificar sua planta e é o segredo para acertar na hora do cultivo.

Sabendo avaliar a planta visualmente pelas folhas, raízes e bulbos é possível acertar ao escolher o vaso, o substrato e o local para elas com mais segurança, errando menos!

Quando o assunto é orquídea cada parte tem sua complexa função para poder se adaptar aos variados habitats pelo mundo afora e também as praticas de cultivo, substratos e vasos usados pelos orquidófilos. Enfim um mundo novo para se conhecer.

A folha de uma Orquídea
Na botânica se definem as folhas como órgãos das plantas, responsáveis pela captação de luz e também pelas trocas gasosas (a respiração da planta) e dessa forma a planta consegue realizar a fotossíntese produzindo energia para crescer e florir.

A folha de uma orquídea é o principal órgão de respiração da planta, mas outras partes também ajudam como as raízes, por exemplo.

Nas camadas superficiais de uma folha recobrindo suas partes internas existe a epiderme, que é uma camada de células transparentes que por sua vez é recoberta por uma cutícula de um material semelhante à cera que reduz a perda de água por transpiração.

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Nas plantas de climas áridos essa cutícula pode ser tão espessa que dá às folhas uma consistência coriácea, como na folha de uma Cattleya aclandiae nativa da Bahia ou a Cattleya walkeriana do centro-oeste brasileiro.

As folhas das orquídeas variam muito em tamanho, forma e consistência. Podem se apresentar de varias formas: acicular; linear; oblonga; elíptica; lanceolada; ovalada; obovada; cordiforme; triangular; entre outros. Devido ao processo de adaptação das espécies de orquídea ainda são encontradas outros tipos de folhas.

Com algumas exceções de plantas de climas áridos como as cactáceas, as folhas costumam ser o maior possível a superfície em relação ao volume, de modo a aumentar tanto a área da planta exposta à luz, quanto a área da planta onde as trocas gasosas são possíveis por estar exposta à atmosfera.

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Espécies que crescem em locais mais secos podem ter folhas cilíndricas, como exemplo a espécie oncidium cebolleta e octomeria panícula, ou ainda folhas reduzidas a escamas, como em algumas espécies de microorquídeas do gênero Campylocentrum.

Apesar da grande variedade de tipos de folhas, as nervuras centrais caracterizam duas formas principais de folhas apenas, conduplicata e plicata.

As conduplicatas possuem uma única nervura central, são de textura mais coriácea e rígida, como a Laelias, Cattleyas, Phalaenopsis, Denphal.

As plicatas apresentam três ou mais nervuras bem nítidas e são de textura mais delicada, como exemplo os catasetuns, stanhopea, etc.

Nas orquídeas de crescimento monopodial como as Vandaceas, as folhas são dísticas, ou seja, inseridas alternadamente ao longo do caule.

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Nas plantas de crescimento simpodial, as folhas se inserem alternadamente ao longo do ramo (Dendrobium, Epidendrum), ou em forma de fascículos como nos paphiopedilum, e nas que possuem pseudobulbos (Cattleya, encyclia, oncidium, Guarianthe), as folhas inserem-se no ápice, em número de um a três.

As trocas gasosas entre a folha e o meio ambiente são efetuadas principalmente através de glândulas chamadas estômatos que ficam na epiderme ocupando toda a superfície da folha, mas em maior quantidade na parte de baixo dela. São formados por duas células em forma de rim ou feijão, que podem controlar a abertura e fechamento permitindo a respiração e a transpiração.

A clorofila, pigmento verde que dá cor as folhas, absorve energia luminosa necessária para que a agua e o gás carbônico possam ser transformados em glicose. Por isso as folhas das orquídeas nascem e ficam dispostas da melhor forma possível para receberem a luz do sol.

Quando se muda uma planta de lugar ela precisa se orientar novamente em relação a luz e até mudar a direção de crescimento, mas para isso gasta energia também.  Dentro da folha existem outros pigmentos além da clorofila. No interior das células também se encontram os carotenoides, pigmentos responsáveis pelas cores das flores, como o amarelo e o vermelho, etc.

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Eles absorvem energia luminosa e levam até a clorofila, tendo sua importância no processo de fotossíntese.  Também protegem as moléculas de clorofila, funcionando como antioxidante.

Quando uma folha fica velha tende a mudar de cor amarelando pelo aumento dos carotenoides e diminuição da clorofila, e quando uma folha é nova, pode apresentar esses pigmentos também de forma a deixar a folha da planta com pintas. A primeira vista causa duvida se é fungo ou não, mas é só a pigmentação natural da planta.

A orquídea será mais resistente ao excesso de luz, quando maiores forem as condições ambientais que diminuem a temperatura do meio, assim, ambiente ventilado, chão molhado e umidade do ar elevada fazem com que as folhas esquentem menos e a planta resista melhor ao excesso de luz.

Os sinais, nas folhas das orquídeas, revelam as causas apresentadas na planta.

folhas sinais

A transpiração é um mecanismo através do qual a planta elimina a agua em forma de vapor, fazendo um controle da temperatura, pois ao transpirar a agua retira o calor da superfície da folha, refrigerando-a.

Durante a transpiração existe nas folhas uma força de sucção, provocando a subida da seiva bruta, e dessa maneira a medida que a planta perde agua, a folha retira agua do bulbo e este por sua vez retira das raízes.

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Há certo limites de temperatura para um vegetal se desenvolver normalmente e por essa razão, o calor muitas vezes pode ser nocivo tanto por excesso, quanto por falta dele. Há estreita relação entre luz e calor. Quando a luz é intensa, o calor aumenta acelerando as funções da planta, a evaporação é maior e é grande a perda de água pela planta.

Existe uma temperatura adequada para cada espécie de orquídea, quando ela se eleva muito a planta não floresce e seu metabolismo acelera, o gasto de alimento é maior do que a reposição, o crescimento retarda, e numa situação mais extrema as folhas podem amarelar e cair.

Já quando a temperatura ambiente é inferior a desejada, a absorção da água e alimentos se dá de modo lento e a umidade excessiva acompanhada por quedas de temperatura, torna a planta mais frágil e vulnerável ao ataque de pragas e doenças.

Toda planta gosta uma diferença de no mínimo de 8°C a 10°C de temperatura entre os período diurno e noturno. Durante o dia a planta fabrica alimento, respira e cresce. À noite, não há síntese alimentar , mas a respiração e o crescimento continuam.

Em dia ensolarado, com média de temperatura em torno de 30ºC uma maior quantidade de alimentos é fabricada.

A umidade é um dos fatores de maior influencia no desenvolvimento das plantas. Quando insuficiente, provoca o rápido secamento do substrato, as plantas perdem água rapidamente e seus pseudobulbos se desidratam, e as folhas acabam queimando.

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Nas Cattleyas, a temperatura ideal diurna gira em torno de 22/25ºC e a noturna de 15/17ºC. Acima e abaixo disso a tolerância diminui gradativamente comprometendo o desenvolvimento da planta.

Em todos os continentes com exceção da Antártica existem espécies de orquídeas, e por esse motivo espécies diferentes de orquídeas possuem folhas diferentes que variam conforme o gênero da espécie, a localização do habitat, o clima do local, etc.

A forma das folhas não tem um padrão, sendo uma característica de cada espécie podendo ter grandes variações no tamanho, na grossura, na textura, e na coloração. Essa grande variação de uma espécie para outra é em virtude de vários fatores existentes no habitat de origem, entre eles a temperatura, luz e umidade.  berço da evolução da espécie.

Essa tríade de fatores alheios a qualquer ser vivo é o que mantém a vida de uma orquídea e toda a vida aqui no planeta, por isso tem que ser levado em conta pelo orquidófilo na hora do cultivo, principalmente no cultivo domestico, que é bem diferente de um ambiente natural, mas que pode ser adequado.

As espécies de orquídeas estão em constante evolução e criam maneiras de sobreviver conforme o habitat em que vivem.

As folhas de muitas espécies de orquídeas, como por exemplo, as do grupo das catasetineas e alguns dendrobiuns que conheço, além de outras espécies possuem um tipo de folha que é chamada também de folha caduca ou decídua, isto é, conforme se passam as estações do ano mudam de cor e caem.

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Quando vai se aproximando o inverno, época em que existe menos luz e a temperatura é mais  baixa durante a noite, a planta vai derrubando suas folhas e fica num estado de metabolismo reduzido se alimentando da reserva nutritiva que tiver acumulado e ainda guarda energia para florir ao final da estação.

Para que ainda não conhece, pode parecer que algo de ruim está acontecendo com a planta, mas é apenas um processo natural do ciclo, muito parecido com o que tem no habitat de origem. é bom lembrar que as folhas que caem não voltam a nascer, mas em vez disso surgem novos brotos que emitiram folhas e farão o mesmo ciclo dos bulbos antigos.

Sabendo dessa característica fica muito mais fácil o cultivo, evitando que por medo de estar acontecendo algo de ruim para a planta acabe tomando uma atitude que “estresse” a planta  nesse período como um replante ou mudança de local.

Ainda existem outras partes de uma orquídeasque são folhas modificadas com outras funções na planta, servindo como proteção para as partes da planta como os bulbos em crescimento e os botões florais:

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Espata floral
É considerada como sendo uma folha modificada, também conhecida como bráctea, não está presente em todas as espécies e é onde se originam as flores das orquídeas. Sua função é proteger os botões florais em formação.

Pode permanecer na cor verde ou secar e ficar com a cor da palha, que continua tendo a mesma função, podendo a planta florescer de espata verde, ou florescer de espata seca, variando de espécie para espécie.

bainha

Bainha da folha
É um tipo de folha reduzida que vai se dividindo e subindo até a altura em que a folha ou as folhas definitivas começam a se formar, antes quando do broto em formação Essa bainha costuma envolver o bulbo e após o crescimento completo, vai secando com o tempo, podendo ser removida pois pode ser um esconderijo de cochonilhas que sugam a planta.

A própria flor também é uma evolução e adaptação das folhas na intenção de atrair o polinizador e sustentar os órgãos reprodutivos masculino e feminino da orquídea.

Mas antes de finalizar gostaria de deixar um quadro abaixo que exemplifica outra situação mostrada na folha de qualquer planta e nas folhas das orquídeas também, que é a deficiência nutricional, isto é, toda orquídea precisa de um mínimo de 3 nutrientes primários encontrados no ambiente que são o oxigênio, o hidrogênio e o carbono retirados do ar, da agua e da luz e ainda 13 nutrientes minerais essenciais que absorvem de adubação que somos nos que fazemos, por isso fique atento.

Dica
Para controle da temperatura em telados ou estufa pode-se lançar mão de um sombreamento maior, regas no chão do orquidário aumentando a evaporação nos horários de maior calor, vaporização de água em forma de névoa que é de melhor absorção e o aumento da ventilação.

Pisos de terra batida, areia e pedriscos aumentam a superfície de evaporação, sendo os mais indicados.

janela vento

Rhododendron-simsii-2

As azaléias são lindas e preenchem os canteiros  com suas cores que brilham no rosa, branco, vermelho, mescladas e azuladas. Também são fáceis de serem cultivadas, se dão bem em diversos ambientes, internos ou externos, em vasos e em canteiros de jardim.

É uma planta de flor originária do Japão, lá seu nome quer dizer “árvore de rosas” e está presente em todos os jardins orientais.

No Brasil esta linda planta se aclimatou muito bem e, em vários estados, pode-se encontrar azaléias de porte nos entremeios de estradas de rodagem, passeios públicos e jardins. Quando bem cuidada, esta é uma planta que florescerá o ano todo.

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A azaléia é uma planta rústica, aguenta frio e se adapta a todo tipo de solo. Algumas variedades preferem um pH mais ácido, outras nem tanto.

Tem azaléia baixinha, alta (até 2 m), de pétalas lisas ou crespas, e todas são perenes – quer dizer, você planta e ela fica lá, florescendo, alegrando o ambiente, para o resto de seus dias.

Em algumas caem as folhas, em outras, não. Dá para fazer “cerca viva” e “bonzai”, graciosas e floridas em diversas épocas do ano.

Como multiplicar uma azaléia
A propagação da azaléia também é bastante fácil. Se faz por estaca de ponteiros de 7 a 10 cm de comprimento. Você vai escolher o ramo reprodutor, um ramo forte, que tenha galhos laterais e folhas. Retire todas as folhas da base deixando só 4 a 5 no ponteiro.

azaléia

Tenha preparado os vasos em que vai plantar as novas mudas de estacas com terra misturada com areia, sem adubação prévia, com boa drenagem.

As mudas novas não devem ser colocadas em terra recentemente adubada (então, prepare sua terra adubada com, pelo menos, 3 meses de antecedência da época da colocação das estacas.

Enraizamento das estacas
Em 2 meses, 60 dias, as estacas estarão enraizadas. Os cuidados necessários são a manutenção da umidade da terra e do ambiente da muda mas, não se pode encharcar a terra, portanto, cuide bem da drenagem.

Uma boa dica é fazer uma cobertura com meia garrafa pet cortada, deixando a abertura para cima. Você manterá a terra regada, úmida e a garrafa propiciará um ambiente mais protegido para a mudinha.

Transplante da azaléia para o local definitivo
Após esse tempo, você vai transplantar a sua azaléia para o seu local definitivo. Escolha bem o local definitivo do plantio, atendendo às características que menciono abaixo neste texto.

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Características de um bom local de plantio para a azaléia
Luz e vento
As azaléias gostam de luz e sol direto por, pelo menos 4 horas por dia. Se a azaléia estiver plantada no jardim, escolha um lugar menos ventoso pois esta planta não gosta tanto assim de ventania. Mas, se elas estiverem em vaso, cuide do excesso de vento e chuva, que poderá matar a planta.

Solo
O solo ideal para a azaléia é composto por uma parte de terra argilosa, uma parte de areia e outra parte de composto orgânico bem curtido, com pH mais para o ácido. No vaso esse solo deverá ter boas condições de drenagem e terá que ser afofado rotineiramente para não compactar.

É uma boa ideia se usar lascas de pinheiro ou bolinhas de argila, na superfície, para reduzir a evapotranspiração do solo e assim e assim, espaçar as regas.

Regas
As azaléias, no jardim, só deverão ser regadas se o tempo seco perdurar mais de uma semana mas, no vaso, regue um pouco cada dia, de manhã cedo.

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Podas
Para que a azaléia dê flores todos os anos, faça uma poda de limpeza após as floradas e, nesta época também, faça a adubação com composto bem curtido.

Adubação
As azaléias podem ser adubadas varias vezes ao ano, com adubo orgânico (composto ou estrume) bem curtido, com torta de mamona, cinza de lareira e fogueira, restos picados de folhagens.

Disponha o adubo já preparado em volta do pé da azaléia e, com um rastelo, introduza levemente. Regue em seguida e cubra a superfície com palhada ou folhas secas.

Para adubar os vasos, use uma colher de sopa de torta de mamona, farinha de osso e cinzas, misture bem e, em cada vaso, uma vez ao mês, espalhe uma colher de sopa (para vasos grandes) ou de sobremesa (para vasos médios).

Nas mini-azaléias plantadas em mini vasos, só coloque uma colherinha de café do adubo preparado.

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Atenção
Nunca adube mudas em formação ou enraizamento. Uma vez ao ano, misture um pouco de terra com salitre e incorpore nos locais onde tem azaleias plantadas (essa adubação deverá ser feita em tempo seco, a terra afofada e o adubo revolvido superficialmente). Posteriormente, uma boa rega para integrar o salitre em toda a superfície, fará o restante do trabalho.

Melhor época para plantar azaléias
As flores, na azaléia, surgirão a partir do primeiro ano de plantio, depois da primeira poda (na primavera faça as podas retirando os galhos e flores secas) e a melhor época para se plantar é no outono.

Pragas que atacam a azaléia
Apesar de muito resistentes as azaleias também sofrem com algumas pragas como os pulgões, cochonilhas, tripés e moscas-minadoras e, para controlar esses avanços, use inseticidas biodegradáveis à base de água.

As pragas atacam as azaleias quando as condições de plantio são inadequadas: regas irregulares, falta de luz e ventilação, baixa umidade do ar ou muitas plantas em pouco espaço físico.

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Como cuidar da saúde da azaléia
Se a sua azaléia tiver folhas cinza escuro caídas, que eram esbranquiçadas antes, é sinal de ataque de oídio, então, você deve diminuir a rega desta planta e isolá-la para não infetar as outras.

Se tiver ponteiros secos, é a podridão marrom escura que começa na ponta do ramo e pode atingir toda a planta, pode as partes doentes e passe no corte uma pasta à base de oxicloreto de cobre. Esses fungos se devem ao excesso de umidade no solo ou no ambiente e deixa as manchadas de ferrugem.

Se cultivada em estufas, a azaleia pode florescer em qualquer estação do ano, desde que se controle a iluminação e a temperatura que a planta recebe. Esta é uma planta de temperaturas amenas apesar de aguentar bem as variações de frio e calor, mas quando em estresse, não florescerá.

A azaléia pode ser cuidada dentro de casa desde que, de tempos em tempos, fique na frente da janela aberta tomando o sol da manhã, por exemplo.

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