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Posts para categoria ‘Polinização’

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Em linhas gerais, a polinização é a atividade “sexual” das plantas. Mas é claro que elas não realizam nenhum ato sexual propriamente dito, o que ocorre na verdade é o ato de transferência de células reprodutivas masculinas (núcleos espermáticos) através dos grãos de pólen, esses que funcionam como espermatozóides das plantas e estão localizados nas flores, para o receptor feminino (estigma) de outra planta, que geralmente é da mesma espécie, ou para o seu próprio estigma.

É através do processo de polinização que surge um novo fruto com sementes, e que vai ocasionar no desenvolvimento de uma nova planta.

Existem muitos fatores que podem ocasionar a polinização de uma planta, dentre eles podemos citar alguns bióticos, como a polinização através de insetos, mamíferos ou aves etc, e os abióticos, por exemplo o vento e a água.

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Como os Beija-flores polinizam as flores?
A ornitofilia é a polinização feita por pássaros, que buscam as flores por causa do seu néctar.

A maioria das flores na natureza são polinizadas por um tipo específico de ave, os Beija-flores. Não fosse por esses pequenos seres voantes, muitas espécies de plantas jamais poderiam existir.

O beija-flor é a menor ave do mundo, com um peso que varia entre 2 e 20 gramas. Ele é conhecido por suas cores exuberantes, quase sempre brilhosas quando refletidas pela luz do sol, além disso, ele é uma ave facilmente reconhecida através do bater de suas asas e o barulho característico que é produzido quando voa de uma flor para a outra.

Uma outra característica marcante do beija-flor é que, diferentemente de outros pássaros, ele pode se mover em todas as direções, inclusive para trás ou de cabeça para baixo. Impressionante não é?

polinização

Polinização
Assim como as abelhas, os beija-flores costumam ir de flor em flor para coletar o seu néctar. Para isso, eles contam com um longo bico e uma língua capaz de se movem para fora e para dentro quinze vezes por segundo, algo tão rápido que fica impossível de se observar por um olho humano,  sendo necessário o uso de câmeras que consigam captar tamanha velocidade de movimentação.

Da mesma forma que as abelhas, os beija-flores vão de flor em flor, contribuindo assim para a polinização de muitas espécies. Inclusive, sem a ajuda deste pequeno pássaro colorido, muitas plantas não poderiam se reproduzir e deixariam de existir.

Essas aves que possuem o néctar como sua principal fonte de obtenção de alimento, possuem um ótimo relacionamento com as flores ornitófilas (as que são polinizadas por aves). O beija-flor comumente frequenta locais onde consegue encontrar com maior facilidade esses tipos de plantas, por exemplo: a madressilva ou o hibisco.

A maior parte dos beija-flores buscam por flores que possuem cores vibrantes e um formato que se encaixe mais adequadamente com a anatomia do seu bico. As flores com cores mais avermelhadas, alaranjadas ou rosadas, são as que irão atrair melhor a ave, e consequentemente serão mais facilmente polinizadas.

O beija-flor possui a incrível capacidade de calcular a quantidade de néctar que uma flor contém. Isso propicia em uma melhor escolha dentre as flores que ele irá visitar, de acordo com a sua atual necessidade naquele momento. Acredita-se que ele possui receptores químicos capazes de realizar tal façanha.

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Já imaginou visitar 1000 flores por dia, voar freneticamente de um lado para o outro quase sem parar um minuto? Pois é, os beija-flores fazem isso para buscar o seu alimento diariamente. Em média, um beija-flor precisa de aproximadamente 60 flores para reabastecer as suas reservas energéticas e poder continuar voando de um lugar para o outro.

É nítido que a relação entre os beija-flores e as flores é algo de extrema vitalidade para ambos, uma perfeita colaboração onde um necessita do seu alimento para sobreviver, e o outro necessita de “alguém” para continuar sendo polinizada e se perpetuando. Algo incrível!

Sendo assim, sempre que nos depararmos com um beija-flor em nosso jardim, devemos ter em mente que ele está apenas cumprindo o seu papel biológico, se alimentando e polinizando, mantendo a sua vida e dando vida ao planeta. O ato de colocar o bico na flor, faz com que o animal fique impregnado por grãos de pólen, que por sua vez serão levados para outras flores.

É importante saber que, em um único grão de pólen, estão os gametas masculinos das plantas, e que eles devem ter contato com outras flores, consequentemente com a porção feminina delas, para que a reprodução aconteça. Assim, graças ao beija-flor, ocorre a fertilização que dará origem a novos frutos, flores e, ao fim, novas plantas!

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Algumas curiosidades do Beija-Flor
A maior parte das espécies de beija-flor que existem, tiveram origem no continente Americano. Eles são aves que possuem preferências por locais de clima mais quentes (tropicais). Entretanto, existem espécies que podem ser encontradas em regiões de clima temperado, como no Alasca.

Eles são aves que podem migrar de uma região para outra a depender dos fatores climáticos instalados no momento. Há relatos de espécies que viajam cerca de 800 quilômetros de distância para buscar locais mais quentes e com maiores ofertas de alimentos.

Uma das áreas para onde as aves costumam migrar durante o inverno, é o Golfo do México, um local que, sem dúvida, é um dos preferidos por quem faz observação de pássaros.

Apesar dos beija-flores não possuírem a capacidade de hibernar, em casos extremos eles podem realizar uma pseudo hibernação para conservar ao máximo a sua energia até conseguirem encontrar alimento ao longo da sua viagem, situação semelhante ocorre quando eles dormem.

Para fazer isso, eles utilizam uma técnica de diminuição do metabolismo, reduzem a temperatura do corpo em muitos graus, além de voarem mais lentamente. Essa fase é conhecida como “torpor”, nela a frequência cardíaca diminui de 1200 para 180 batimentos por minuto, isso ocorre também quando as aves param para dormir.

No entanto, isso não significa que eles parem de se alimentar durante o inverno, mas sim que as refeições ocorram de maneira mais espaçada.

As mudanças climáticas, modificações de habitat e a perda dos mesmos, fazem com que esse animal fique cada vez mais encurralado pelas atitudes humanas. Isso requer uma mudança cada vez mais drástica em seu comportamento, como o aumento das migrações para locais que ficam mais distantes com o passar do tempo.

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A  polinização pelo vento (anemofilia) tem lugar em muitas árvores e gramíneas.
As flores estão, geralmente, em amentilhos ou inflorescências pendentes em forma de espanador ou borlas que o vento pode sacudir facilmente. Os estames possuem também longos filamentos que fazem com que as anteras possam ser sacudidas pelo vento com maior eficácia. Desta maneira, o pólen pode soltar-se com grande facilidade. O pólen é rápido e é produzido em grandes quantidades, já que a polinização pelo vento desperdiça grande quantidade e somente pequena parte chega a sua meta, constituída pelo pequeno alvo que apresenta a superfície do estigma.

A polinização por insetos (entomofilia) é o método mais comum de transporte de pólen para a fecundação. Há muito tempo se sabe que a cor brilhante e o aroma das flores, não foram feitos para a satisfação estética do homem, e que seu objetivo principal é atrair os insetos.

Os agentes polinizadores de menor importância:
A água transporta o pólen de algumas plantas aquáticas. Os grãos de pólen tem flutuadores finos que os levam sobre a superfície da água até que atinjam alguma flor que esteja na superfície. Os pássaros são polinizadores freqüentes nos trópicos, os morcegos podem ser os polinizadores de algumas flores, especialmente nos trópicos. Outros animais podem também polinizar durante suas viagens, mas não são polinizadores regulares.

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Todos os segredos de um novo organismo vegetal estão contidos em cada minúsculo grão-de-pólen (invisível a olho nu). Envolto em grânulos resistentes a ácidos, a altas temperaturas e a outros fenômenos da natureza, resistem protegidos e reconhecíveis por centenas de milhares de anos.

A polinologia tem condições de analisar sedimentos de lagos e pântanos, podendo reconstituir o estado da antiga vegetação destes ambientes. Através de longos tubos que trazem das profundidades material sedimentado em camada, é possível revelar o diagrama polínico daquelas localidades, e assim obter-se dados como: clima dominante na época, a chegada de novas plantas, desmatamentos, uso de herbicidas, mudanças ambientais, etc.

A polinização pode se dar através de diversos agentes: vento, insetos, pássaros, água, morcegos e homem. Se o transporte é feito pelo vento, as plantas são chamadas anemófilas; se através de insetos, são denominadas entomófilas; se realizado pela água, as plantas são chamadas de hidrófilas; se pelas aves, as plantas denominam-se ornitófilas; se pelos morcegos, as plantas são quiropterófilas; se polinizadas com a ajuda do homem, são plantas antropófilas.

As flores polinizadas pelo vento, como as coníferas, as gramíneas e ciperáceas, são desprovidas de nectários, de aromas e de envoltórios coloridos. Apresentam entretanto, superprodução de pólen, pólen pequeno e peso reduzido; alguns com câmaras de ar e outros comestigma plumoso.

Na polinização feita por animais, diversas são as formas de atração que as plantas apresentam, como: coloração do cálice, da corola, modificações da flor, odores e nectários.

As flores polinizadas por morcegos, como algumas paineiras e o baobá, só se abrem à noite, exalando um odor forte.

As polinizadas por mariposas, como a dama-da-noite, possuem um perfume suave. Assim como os nectários, se situam no fundo de uma longa corola tubulosa. Somente as mariposas podem promover sua polinização, pois só elas possuem uma espirotromba capaz de alcançar o fundo da corola.

As flores diurnas polinizadas por multidões de insetos ou aves, possuem odor suave. São ricas em néctar e muito coloridas, como a maria-sem-vergonha, polinizada por borboletas, as margaridas e girassóis por abelhas, a eritrina e hibiscos por beija-flores.

As plantas aquáticas como a Vallisneria, têm sua flor masculina levada para a feminina pela correnteza da água.

A polinização feita artificialmente pelo homem, em certos vegetais como a baunilha e a tamareira, cujas polinizações naturais são muito deficientes, contribui acentuadamente para o aumento da produção de seus frutos. Nos desertos da Arábia, cultiva-se o hábito de sacudir cachos masculinos sobre a inflorescência feminina das tamareiras, promovendo dessa maneira uma maior fecundação com resultados surpreendentes na época da colheita.

Segundo pesquisadores, a abelha visita 10 flores por minuto, demorando-se dez minutos em cada excursão fora da colméia. Em média, faz 40 vôos diários, tocando 4.000 flores.
Uma família normal de abelhas manda para o campo pelo menos 10.000 trabalhadores que passam em 40 milhões de flores. Dois terços de aproximadamente 225.000 espécies de angiospermas (plantas com flores e frutos) dependem dos insetos.

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Atualmente, o homem tem cerca de 35.000 orquídeas catalogadas. No entanto, é certo que a natureza reserva muitas surpresas e que, portanto, esse número pode ser muito maior. Além disso, há também as plantas criadas artificialmente em laboratório. Com isso, pode-se concluir que o conhecimento sobre a família Orchidaceae é pequeno perto do que, realmente, é possível encontrar ns matas de todo o mundo.

Coryanthes

Com espécies encontradas de Honduras a Guatemala, estendendo-se até o Brasil e o Peru, as plantas do gênero Coryanthes apresentam flores, que, além de exóticas esteticamente, possuem um processo de polinização bastante complexo.  Alguns orquidófilos comparam essa complexidade ao processo de fecundação com o das espécies Paphiopedilum. Um par de glândulas na base da coluna solta um líquido que enche o labelo (com a forma de uma taça) até um orifício de drenagem.

As abelhas são atraídas pelo labelo, atropelando-se e, então, caindo no liquido. O único meio de fuga é por meio de um orifício de drenagem. As abelhas ao passarem por ele, ficam com políneas (agrupamento de grão de pólen) aderidas ao seu corpo.
Caso venham a cair em outra flor, ao atravessarem o mesmo orifício, deixam as políneas no estigma, realizando a polinização.

Cultivo em casa
Plantas desse gênero apresentam difícil cultivo. De forma geral, necessitam de boa umidade ambiente, porém é preciso cuidado com a rega, já que não toleram umidade em excesso.

Angraecum sesquipedale

A Angraecum sesquipedale, originária da África e das Ilhas do Índico, é uma bela planta, que apresenta flores, com cerca de 18 cm de diâmetro, no formato de estrela, sendo bastante perfumada. Esta espécie apresenta como diferencial um esporão nectarífero verde esbranquiçado com quase 30 cm de comprimento. Uma característica já estudada pelo naturalista britânico Charles Darwin há cerca de cem anos. Ao pesquisar a polinização das orquídeas pelos insetos, em Madagascar, ele previu a existência de uma borboleta noturna com uma tromba capaz de atingir o néctar no esporão, dessa forma, fecundando a flor. Passado muito tempo, a borboleta foi encontrada e identificada como Xanthopan morgani.

Cultivo em casa
Essa espécie aprecia luz intensa, mas sem incidência direta dos raios solares. No entanto, há outras plantas do gênero que sem luminosidade direta não florescem como esta espécie.

Bulbophyllum

Bulphophyllum é o maior gênero da família Orchidaceae, abrangendo mais de 1.000 espécies, todas epífitas. Em sua maioria, apresentam flores pequenas de formato diferenciado entre as diversas plantas que compõem o grupo, além de possuírem cheiro desagradável.

Este último aspecto pode ser o principal responsável pela pouca procura por parte de colecionadores de orquídeas. As sépalas são maiores que as pétalas e podem aparecer em várias tonalidades. Elas são responsáveis por atrair os insetos polinizadores. O rizoma rastejante suporta os pseudobulbos, que são cônicos ou esféricos, com apenas uma folha.

Cultivo em casa
A forma de cultivo das espécies pode variar um pouco, já que se trata de um gênero muito grande. Mas, de forma geral, pode-se cultivá-las em ambiente com luminosidade indireta e quente.

BLUEBIRDS