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Posts para categoria ‘Árvores e Palmeiras’

Sariteia

A Saritéia, como é conhecida popularmente, é uma trepadeira semi-lenhosa pertencente à família Bignoniaceae com  até 10 m de altura, ramos cilíndrico e, polinizada por uma abelha de cor verde azulado, a Euglossa bazinga, que penetra na flor, com formato de funil, para se alimentar. Sua origem é da Colômbia, Equador, Panamá e Venezuela.

Essas flores têm uma tonalidade rosa-pink e o interior amarelado, surgindo de forma profusa nesta planta que cobre cercas, pergolados, grades e alambrados, especialmente nas áreas litorâneas, podendo proteger, também, taludes ensolarados.

Seu crescimento é rápido em solos bem drenados, principalmente nas regiões praianas desde Amapá até o litoral de São Paulo. É uma escolha acertada para projetos em zonas de restinga.

É uma trepadeira vigorosa e de rápido crescimento, ideal para o cultivo em grandes suportes, desde cercas, até pérgolas ou caramanchões.

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No Brasil, sua popularização se deu principalmente pelo trabalho do paisagista Roberto Burle Marx. É uma espécie muito florífera e de grande sucesso em regiões tropicais, sendo largamente cultivada na Índia e no sul dos Estados Unidos como ornamental.

Não requer muita manutenção que se resume a podas para controlar seu crescimento e adubações semestrais.

Seu cultivo deve ser sempre sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado nos primeiros anos após o plantio. Após bem estabelecida, podemos regar apenas durante os períodos de estiagem.

Sariteia

Tolera a salinidade de regiões litorâneas. É suscetível ao frio intenso ou geadas. Aprecia o clima quente e úmido. A sua multiplicação é feita  por sementes, alporques ou estacas postas a enraizar no início da primavera.

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ficus lyriata

Essa é a Ficus lyrata, uma planta que cresce verticalmente e, na natureza, pode se transformar em uma árvore de até 15 m de altura. A Ficus lyrata é uma planta que faz parte da extensa família das figueiras.

Originalmente é nativa das florestas tropicais da África, o que poderia sugerir que não é uma planta adequada para interiores. Contudo, aqui no Brasil, ela é produzida nos viveiros para este fim e foi se adaptando para que possa ser cultivada dentro de casa.

Ainda assim, o cultivo de qualquer planta sempre precisa se referir ao seu habitat natural. No caso, a Figueira-Lira (Ficus lyrata) é uma planta que tem uma grande necessidade de luminosidade.

Por isso, é importante colocá-la próxima de janelas para que receba algumas horinhas de sol direto, seja pelo início da manhã ou pelo fim da tarde. Isso pode potencializar o desenvolvimento da planta, indica.

ficus_lirata

Regas e substrato
O substrato precisa ser bastante drenável, para que a água não acumule nas raízes. Utilizar casca de pinus no substrato e areia grossa (lavada) pode ajudar a evitar esse acúmulo.

Quanto à rega, é importante não afogar a planta. Deixar o substrato secar levemente antes da próxima rega é o ideal. Uma dica para que a Ficus esteja sempre com um aspecto saudável é borrifar água nas folhas em dias mais quentes.

É uma planta cara, mas porque tem um crescimento mais lento. Então, para que ela chegue ao tamanho em que comumente é comercializada, primeiro precisa passar anos no viveiro.

Muita gente não entende o processo de produção das plantas e acha que o valor delas é unicamente definido pelo mercado e nem sempre é assim. Há muitos custos, profissionais e investimentos envolvidos.

Não é uma planta que exige cuidados especiais como algumas marantas, por exemplo, e por isso é considerada de fácil cultivo.

A Ficus Lyrata ganhou o coração dos usuários das redes sociais e não foi à toa, afinal ela tem grande apelo decorativo, graças às suas folhas verdes vibrantes e bastante grossas, que agregam um ar de rusticidade à decoração.

ficuslyrata

É uma planta que vai super bem em cachepôs de fibras naturais, deixando o ambiente ao mesmo tempo rústico e sofisticado. É uma espécie que dialoga bem com decorações do estilo boho chic e até mesmo industriais.

Contudo, segundo a especialista, é preciso lembrar que ela necessita de bastante luz. Ao pensar em colocá-la em um ambiente, arrume tudo para que ela fique no local mais iluminado ou então ela pode acabar sofrendo com a falta de luminosidade adequada.

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raíz agressiva

Você já deve ter ouvido falar que algumas árvores têm raízes agressivas, capazes de destruir tubulações enterradas, calçadas, pavimentos, muros, etc.

Eu não acredito que as raízes sejam realmente agressivas, elas não querem o mal, apenas são vigorosas e com crescimento superficial, que engrossam com o tempo e acabam por resultar em efeitos catastróficos nos ambientes urbanos.

O que acontece na verdade é uma má escolha das espécies acompanhado muitas vezes de um plantio inadequado. Nem sempre uma árvore bonita, com uma floração espetacular é indicada para áreas calçadas, estacionamentos e pequenos quintais.

Elas são perfeitas para serem admiradas em toda sua majestade em grandes áreas abertas, como parques, praças e fazendas. Tenha em mente, que mesmo as espécies recomendadas precisam de uma área mínima de absorção de água no canteiro para que não apresentem raízes agressivas no futuro.

Além disso, de nada adianta insistir nestas espécies, plantando elas dentro de manilhas de concreto. Você estará desvirtuando a natureza da árvore, prejudicando seu desenvolvimento e ainda assim suas raízes destruirão as manilhas com o tempo, surgindo um pouco mais distantes.

Abaixo segue uma lista de espécies de árvores comumente encontradas nas grandes cidades, mas que podem representar um grande inconveniente para as construções e pessoas, seja por suas raízes “agressivas”, seja por frutos grandes e pesados, folhas ou flores escorregadias, desrama natural perigosa, tronco frágil e suscetível a cupins, entre outros problemas.

Antes de remover uma árvore por qualquer um destes motivos, solicite a avaliação técnica de um engenheiro agrônomo ou florestal para verificar se realmente há problemas ou se haverá no futuro.

Salix x pendulina
* Salgueiro-chorão  (Salix x pendulina )
Copa inadequada para as calçadas, atrapalha os transeuntes. À procura de água, os chorões tem tendência a destruir tubulações de água e esgoto enterradas.

Denolix regia

* Flamboyant (Denolix regia)
Raízes tabulares, muito superficiais e agressivas.

Ficus benjamina

* Ficus (Ficus benjamina)
Atinge grande dimensões. Nunca para de crescer. Apresenta raízes superficiais e adventícias.

Ceiba speciosa

* Paneira-rosa (Ceiba speciosa)
Árvore de crescimento vigoroso, grande porte, que apresenta madeira frágil, tronco recoberto de espinhos. Sujeita à quebra.

Triplaris americana

* Pau-formiga (Triplaris americana)
Madeira leve, raízes superficiais, grandes dimensões e atrai formigas.

Eucaliptus spp

* Eucalipto (Eucaliptus spp)
A maioria das espécies apresenta grande porte, sistema radicular superficial e derrama natural.

Persea americana

* Abacate (Persea americana)
Árvore de madeira frágil, com tendência à quebra e que pode atingir grandes proporções. Frutos grandes, que provocam sujeira.

Mangifera indica

* Manga (Mangifera indica)
Sistema radicular superficial, frutos grandes que provocam muita sujeira.

Schizolobium parahyba

* Guapuruvu (Schizolobium parahyba)
Árvore de crescimento vertiginoso e porte avantajado. Madeira muito frágil, sujeito à quedas e quebra dos ramos.

Araucaria angustifólia

Pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifólia)
Árvore nativa de grandes dimensões, seu maior problema é a derrama natural. Em locais com muitos exemplares, é indicado um programa de podas para evitar a derrama. Suscetível a cupins.

Terminalia catappa

* Chapéu-de-sol (Terminalia catappa)
Sistema radicular superficial. Copa pode atingir grande proporções.

Casuarina equisetifolia

* Casuarina (Casuarina equisetifolia)
Raízes superficiais.

Platanus x hispanica

* Plátano (Platanus x hispanica)
Grandes dimensões e raízes superficiais. Exige podas anuais e suas folhas provocam muita sujeira. Tronco suscetível a brocas.

Spathodea campanulata

* Tulipeira (Spathodea campanulata)
Flores com pólen tóxico às abelhas. Por ocasião da queda, as flores são mucilaginosas e escorregadias. Raízes superficiais.

Grevilea robusta

* Grevilha (Grevilea robusta)
Sistema radicular superficial e vigoroso.

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* Tipuana (Tipuana tipu)
Porte avantajado, raízes agressivas e madeira frágil, que é mais propícia a quebras e cupins.

Populus nigra

* Álamo (Populus nigra)
Raízes agressivas.

Couroupita guianensis

* Abricó-de-macaco (Couroupita guianensis)
Também conhecida como bola-de-canhão. Seus frutos são grande, pesados e mal cheirosos, podem provocar acidentes e muita sujeira.

Ficus elástica

* Falsa-seringueira (Ficus elástica)
Como as outras figueiras, esta apresenta tronco de grande diâmetro, raízes adventícias e superficiais.

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Amherstia nobilis

A rainha-das-árvores é uma espécie arbórea tropical, perenifólia e que se destaca por sua floração espetacular. Ela é originária das florestas tropicais de Burma (Birmânia), na Ásia, embora atualmente seja rara em seu habitat.

Apresenta copa arredondada e cheia, com tronco rugoso e acastanhado, e porte pequeno a médio, alcançando de 7 a 20 m de altura.

Suas folhas com 6 a 8 folíolos oblongos, grandes, de cor verde escura na página superior e verde-clara na inferior. Logo que surgem, as folhas são curiosamente pendentes, pálidas e avermelhadas, o que cria um grande fator de interesse à planta, mesmo quando está sem flores.

As inflorescências são um show à parte, longas e pendentes, com flores de formato único, longos estames e cor vermelho vivo, contrastando com pequenas manchas amarelas. Em clima favorável, floresce durante todo o ano, com mais intensidade na primavera e verão. Os frutos são do tipo vagem, deiscentes e lenhosos quando maduros.

É impossível não se encantar pela rainha-das-árvores! Não é à toa que muitos a consideram a mais bela de todas as árvores. Suas inflorescências pendentes são verdadeiras jóias da natureza e valorizam o projeto paisagístico, sempre como destaque.

Amherstia nobilis

Apesar de vegetar bem em nossos jardins tropicais, por ser de difícil propagação, ela ainda é rara nos viveiros e garden centers. O que faz com que a muda seja bastante valorizada também, com preços elevados.

Utilize a rainha-das-árvores como ponto focal em espaços que permitam a observação das flores de perto também. Ela é ideal para áreas com drenagem deficiente, mas não permanentemente encharcadas, onde outras árvores poderiam perecer.

O seu cultivo deve ser sob sol pleno, em um solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Aprecia clima tropical úmido, de forma que seu cultivo em áreas mais continentais é complicado.

Em tempo seco, queima a pontas das folhas e cessa o crescimento. Também não tolera estiagem, ventos, ou frio intenso. Ao plantá-la, prepare bem o berço, adicionando esterco curtido de curral e farinha de ossos, para um bom desenvolvimento inicial.

Sua multiplicação é feita por alporquia e por sementes, que devem ser colhidas assim que os frutos se abrirem. As sementes podem ser colocadas de molho em água limpa por 24 horas antes do plantio, e costumam germinar com facilidade.

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