Na natureza o Asplênio cresce de modo epífito, ou seja, cresce sobre os troncos das árvores mas sem as parasitar, coletando água e matéria orgânica da natureza.
O seu crescimento é lento e geralmente, a sua altura varia entre os 20 e os 90 centímetros de altura.
As suas folhas levemente onduladas nascem enroladas sobre si mesmas no centro da planta e vão formando uma roseta. à medida que crescem vão-se tornando grandes, coreáceas e brilhantes. São sustentadas por um caule curto e ereto.
Cuidados com o Asplenium nidus
Condições favoráveis
Cresce melhor em locais com boa luminosidade, mas sem a incidência direta dos raios solares. Não tolera temperaturas muito baixas, aprecia calor e umidade atmosférica.
A terra deve ser rica em matéria orgânica e porosa, predominantemente de turfa. Pode ser cultivado em vasos, floreiras, canteiros ou sobre o tronco das árvores.
Manutenção do Asplenium nidus
Borrife regularmente a folhagem de modo a aumentar a umidade do ar, a falta desta condição pode levar ao amarelecimento e seca da ponta das folhas.
Estes sintomas também compatíveis com ação do vento, do frio, excesso de sol e algumas pragas ou doenças instaladas.
Regue regularmente, mantendo a terra úmida, mas não encharcada. Nos período que a planta está menos ativa, molhe menos.
Ao regar tente fazê-lo ao redor da planta, de modo a proteger o centro do excesso de umidade e prevenir o seu apodrecimento. A acumulação de água no prato pode levar ao aparecimento de bolores e fungos, que podem levar à deterioração da planta.
Limpe as folhas da planta regularmente com um pano úmido, mas não utilize abrilhantadores.
Periodicamente realize uma poda de limpeza, remova folhas secas ou amareladas.
Durante a fase de crescimento ativo forneça um adubo equilibrado (10-10-10) uma vez por mês. Afaste o adubo da parte central da planta.
Multiplicação do Asplenium nidus
Tal como os seus parentes os fetos, o Asplênio não produz flores nem sementes, multiplica-se por esporos e divisão de rizomas. Os esporos são pequenas pintas que situam na parte inferior das folhas, quando maduras ficam escuras.
Depois de maduras corte a folha e coloque num saco de papel, deixe secar, os esporos vão-se soltar e ficam prontos para se reproduzirem.
Coloque os esporos numa caixa sobre um composto úmido e cubra com uma chapa de vidro. É um processo muito lento, a germinação leva em torno de 2 a 3 meses.
Pragas, doenças e outros problemas
Não há problemas sérios neste sentido. Mas pode-se ter cuidado com os sintomas descritos a seguir.
* Folhas queimadas – Quando a planta está em ambiente muito seco, muito frio, excesso de umidade ou insolação direta. No caso de ambiente seco, pode-se usar esfagno no substrato.
* Nematóide das folhas – Aparecem manchas marrons perto do centro da folha, na nervura principal, espalhando-se para as bordas. Deve-se remover as folhas infectadas ou tentar matar os nematóide mergulhando a planta em água morna (não mais que 50º C) , permanecendo assim por 10 minutos.
Lave a planta com sabão com delicadeza. Recoloque no vaso. Não irrigar por aspersão, pois a água é a forma de propagação para o nematóide penetrar nos estômatos.
* Mancha nas folhas – Manchas marrons ou pretas irregulares, recortadas ou circulares com bordas amareladas são causadas por fungos ou bactérias. A forma de propagação ocorre pelo uso de ferramentas sujas, pela água ou insetos.
Remover as folhas atacadas, eliminando-as. A irrigação deve ser feita diretamente no solo. Pode-se usar defensivos específicos, de acordo com as instruções.
* Podridão das raízes – Pequenas moscas aproximam-se da planta, brotos novos deixam de surgir, o solo não cheira bem e as folhas começam a ficar marrons. São típicos sintomas de excesso de umidade que ocasionam o apodrecimento das raízes.
É necessário retirar a planta do vaso, cortar as raízes estragadas (bem como as folhas danificadas), lavá-las bem e colocar em novo vaso com terra nova. Cuidar para que haja boa drenagem.
* Cochonilhas – São insetos que danificam uma grande quantidade de espécies de jardim, preferindo a parte inferior das folhas. Possuem uma carapaça marrom e uma vez estabelecidas, sugam a seiva enfraquecendo a planta.
As folhas tendem a amarelar. Ainda secretam substâncias açucaradas que atraem formigas e criam ambiente adequado para o aparecimento de fungos causadores de manchas.
As cochonilhas são combatidas com aplicação de produtos à base de óleo mineral (óleo de neem é uma possibilidade) mas, em cultivos domésticos, podem ser controlados mecanicamente. Basta estar sempre atento, observando as plantas e ao percebermos a praga, eliminamos manualmente.
Um cotonete pode ser usado para esmagá-las ou com uma escova de dente umedecida podemos retirá-las.
* Cochonilha farinhenta – É uma espécie de cochonilha, pequena, que produz uma cera branca para se proteger. Parecem pequenos flocos de algodão sobre as folhas, mas com um poder letal de sugá-las até que fiquem amareladas e caiam.
Uma vez identificadas, deve-se isolar as plantas das demais, eliminando as partes afetadas. Ou, como na espécie anteriormente citada, eliminá-las mecanicamente.
O uso de inseticidas deve ser evitado sempre que possível, pois de alguma forma pode trazer prejuízos, inclusive eliminando insetos que são inimigos naturais destas pragas como a joaninha.
Outras considerações
* Samambaias não gostam de vento, gerando queima nas folhas.
* Folhas feias ou deformadas devem ser periodicamente removidas.
* Quando se percebe que a planta precisa de mais espaço, deve-se providenciar o transplante para um vaso com tamanho mais adequado.
* Os asplênios gostam de umidade mas evite pulverizar suas folhas pois não apreciam tê-las umedecidas. Suas folhas quando empoeiradas podem ser limpas delicadamente com um pano úmido exceto as novas que estão saindo do centro.
* Mudanças constantes de lugar acabam estressando a planta.
* Evite colocá-la em locais onde pessoas ou animais possam encostar e danificar suas folhas.
* Tendo estes cuidados, sempre manterá a sua elegante beleza e será uma das plantas mais fáceis de cultivar em casa.
Pontos sensíveis do Asplenium nidus
* Presença de manchas escuras nas folhas: Ambiente muito seco, rega com água demasiadamente fria, excesso de água no solo.
* Folhas amarelecidas: Falta de nutrientes, forneça um adubo equilibrado. Excesso de luz, proteja a sua planta da incidência do sol, desloque-a para um local mais sombrio.
* Escurecimento e seca das bordas e pontas das folhas: Atmosfera excessivamente quente e seca, exposição ao vento ou ar condicionado.
* Folhas manchas e amarelas: Provável ataque de cochonilha. Verifique se existem um pontos pardos ao longo das nervuras e no verso da folha.
* Apodrecimento da base: Ambiente demasiadamente frio ou excesso de rega. Diminua a frequência das regas, mantendo o substrato úmido mas sem qualquer sinal de encharcamento.