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Nematanthus wettsteinii

A espécie Nematanthus wettsteinii é tipicamente brasileira, sendo encontrada naturalmente na nossa Mata Atlântica. Apesar disso, a columéia-peixinho é bastante apreciada em vários países do hemisfério norte.

Com esta volta triunfal dessa planta na decoração de interiores, columéias em geral vêm sendo bastante procuradas. Costumam ser menos exigentes no cultivo em relação às tradicionais samambaias, ainda que tenham um efeito ornamental equivalente.

Mesmo na ausência das flores em forma de peixinhos alaranjados, as folhas firmes e brilhantes, em um tom bem fechado de verde, são extremamente decorativas.

Outra planta bastante semelhante à columéia-peixinho, em termos de folhagem, é a Aeschynanthus radicans. Ela também é chamada de columéia-batom, por produzir uma flor bastante diferente e exótica.

Embora a columéia-peixinho e a flor-batom sejam popularmente chamadas de columéias, elas não pertencem formalmente ao gênero botânico Columnea. A primeira é do gênero Nematanthus e a outra é um Aeschynanthus.

Aeschynanthus radicans

A semelhança quanto ao aspecto vegetativo deve-se ao fato de que todas pertencem à mesma família, Gesneriaceae, a mesma da violeta-africana. Em comum, estas columéias apresentam pequenas folhas ovais com uma textura suculenta, bastante brilhante.

Os caules surgem eretos e imponentes, até um momento em que começam a crescer sob a forma pendente. É neste estágio do desenvolvimento da touceira que sua beleza se destaca ao máximo.

À medida que crescem, os caules vão adquirindo um aspecto mais lignificado, principalmente na base da planta. Este detalhe é importante quando vamos fazer novas mudas da columéia-peixinho.

Para que as estacas se desenvolvam e enraízem, é importante evitar utilizar estas estruturas mais lenhosas. Para um maior índice de sucesso, é aconselhável cortar apenas as pontas dos ramos, retirar alguns pares de folhas da parte de baixo e plantar as estacas. Desta forma, elas se enraízam rapidamente.

Não é necessário fazer a propagação das estacas em água. Os caules cortados remanescentes rebrotam rapidamente, emitindo novas hastes laterais.

O novo vaso com as mudas deve ser regado frequentemente, no início, até que novas raízes surjam. Cobrir o vaso com um plástico filme ajuda a acelerar o processo, além de criar um micro clima favorável ao desenvolvimento das novas mudas.

Nematanthus wettsteinii1

Outra forma bastante tranquila de multiplicação da columéia-peixinho é através da divisão de touceiras. Em algum momento da vida desta planta, será realmente necessário fazer uma divisão, para que o vaso não fique muito lotado.

Esta é uma boa ocasião para fazer uma limpeza dos ramos secos, raízes mortas e renovar o substrato. Nos vasos novos, as raízes terão mais espaço e nutrientes para um bom desenvolvimento.

Em seu habitat de origem, a espécie Nematanthus wettsteinii apresenta um hábito epífito, assim como as orquídeas e bromélias. Ou seja, estas plantas vivem sobre outras plantas, geralmente árvores.

No entanto, no cultivo doméstico, a columéia-peixinho pode ser plantada em vasos com terra. O ideal é utilizar vasos de plástico, que pesam menos e podem ser pendurados. O substrato pode ser comprado pronto, já preparado para o plantio da maioria das plantas ornamentais que costumamos cultivar em casas e apartamentos.

Evite excesso de materiais orgânicos, que possam entrar em decomposição. Isto vale tanto para o substrato como em relação à adubação. Para quem cuida de plantas em interiores, estes compostos podem incomodar um pouco, devido aos odores desagradáveis que costumam exalar, além de atraírem insetos.

Quanto à adubação, uma boa fórmula do tipo NPK, com macro e micronutrientes, é mais do que suficiente. É interessante alternar um adubo de manutenção e outro de floração, para que a planta se desenvolva e floresça satisfatoriamente.

Não há uma época específica do ano para que os peixinhos surjam. No entanto, para que isso aconteça, a columéia precisa estar em um local bem iluminado, podendo inclusive receber algumas horas de sol direto, principalmente no início da manhã ou no final da tarde.

columeia-peixinho
Ainda que esta seja uma planta de facílimo cultivo, bastante resistente, existem alguns cuidados a serem tomados. Uma das coisas que podem prejudicar o desenvolvimento da columéia-peixinho é o excesso de regas.

As raízes, por serem epífitas, não suportam o excesso de umidade por um período prolongado. Para evitar este problema, é preciso que o substrato seja bem drenável e que o vaso tenha uma boa camada de drenagem no fundo, composta por pedrisco, brita ou argila expandida. Também é bom evitar a utilização do pratinho sob o vaso, que pode acumular água.

Não existe uma regra rígida quanto à frequência das regas. O importante é verificar o substrato com a ponta do dedo e somente regar quando o material estiver seco. Um outro modo de aferirmos a umidade do solo é avaliando o peso do vaso. Quanto mais leve estiver, mas seco estará o substrato.

Tomando estes pequenos cuidados, teremos a columéia-peixinho saudável por anos a fio. Ainda que não floresça, a planta por si só já é bastante ornamental, iluminando ambientes internos com suas folhas lustrosas e trazendo um charme tropical para dentro de nossas casas e apartamentos.

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