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adenium obesum

A origem da rosa-do-deserto
Originária do continente africano, de vários países da Península Arábica, a rosa-do-deserto (Adenium obesum) faz a alegria de quem gosta de plantas, bonsai e flores.

Existem 11 espécies diferentes de Adenium. A planta precisa de um bom tempo e o cultivo certo para chegar até as mãos dos amantes da rosa-do-deserto com aquele jeitão que queremos: cara de mini-árvore, com tronco grosso e carregada de flores.

O clima ideal para a rosa-do-deserto
O nome não veio do nada: essa é uma planta desértica. A rosa-do-deserto vive onde outras espécies nem conseguiriam sobreviver por alguns dias. Solo pobre, arenoso, pouquíssima água e até algumas tempestades de areia.

E não acha que a Adenium obesum sofre: com sol intenso o dia todo, a planta dá flores e se desenvolve sem pressa, armazenando energia quando consegue para crescer robusta e com aquele tronco gordinho com jeito de baobá – aliás, a rosa-do-deserto também é chamada de falso-baobá ou mini-baobá, mas não tem nenhuma relação com essa árvore gigantesca.

rosadodeserto

O substrato e vaso ideal para a rosa-do-deserto
Sabendo a origem da planta, agora você consegue entender que não adianta entupir o substrato com adubo, regar muito ou então, mimá-la com cuidados e proteção. Rosa-do-deserto precisa de um substrato muito bem drenado, com escoamento garantido do excesso de água e sol na cuca por muito tempo.

Uma boa composição para a planta leva metade de terra adubada e outra metade de areia. Dá para cultivar em vasos, mas garanta que tenha furos – faça mais de um. As regas em excesso são uma das principais causas de perdas de rosas-do-deserto, junto com adubação exagerada e falta de luz solar.

Aliás, dá para ter uma planta bonita dentro de casa, desde que você escolha o lugar que recebe mais sol. Cole a planta na janela, nada de deixá-la do lado ou abaixo do vidro. Não é claridade, nem calor: a rosa-do-deserto precisa é de raios solares. Ela retribuirá com flores.

Como ter uma rosa-do-deserto cheia e muito florida
Uma das questões mais polêmicas, principalmente para quem dá os primeiros passos na jardinagem é sobre poda

rosadodeserto

Dica de poda pra ter uma rosa-do-deserto lida e bem cheia:
1 – Corte o caule central: assim que a planta alcança um tamanho entre 10 e 15 centímetros, suas folhas são podadas, restando praticamente um toquinho. Mas, tudo é feito com cuidado e do jeito certo.

2 – Cicatrize o corte: uma lâmina afiada, desinfetada e um corte limpo. Depois, é pingado própolis no corte, para evitar que fungos e bactérias penetrem pelo local. Canela em pó pode ser um substituto, mas tem a desvantagem de sair na primeira chuva ou rega. Lembre-se que o processo aqui é lento. E por falar nisso…

3 – Paciência: depois dessa poda, leva 4 semanas para aparecer as folhinhas. E, para florir, pelo menos, 6 meses em condições controladas de uma estufa profissional.

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Problemas comuns no cultivo da rosa-do-deserto
Agora que você sabe de onde veio e como é todo o processo para uma rosa-do-deserto chegar até você, é bom conhecer quais os cuidados necessários para que a planta continue crescendo bonita e saudável.

Então, aqui vai uma lista de problemas mais comuns que você deve evitar para cultivar sua Adenium:
1 – Excesso de água: é o problema mais comum e também o mais fácil de evitar. A técnica do dedômetro deve ser usada para garantir que o substrato só será regado quando bem seco.

Toque a terra e, veja se seu dedo sai sujo. Sujou, não molhe. Pode esfregar a ponta do indicador, sem dó. Só regue a rosa-do-deserto se a ponta do seu dedo saiu completamente limpa, sem um grãozinho de areia.

Com acúmulo de água, é certeza que a planta será atacada por bactérias e fungo. Se notar que o caule está mole e as folhas secas, observe a base e as raízes: se está escura, mole e fedida, aí, só descartando o vaso e a rosa-do-deserto, antes que contamine outras plantas da sua coleção.

2 – Cochonilha: evite que esses bichinhos chatos ataquem sua planta com uma prevenção bem vinda, caprichando na adubação com cálcio. O famoso NPK não é suficiente, prefira adubos mais completos que possuam em sua composição, além do nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), micronutrientes como enxofre, magnésio, molibdênio, zinco, ferro e… cálcio.

Pode anotar na agenda essa receitinha: 1 vez ao mês, 1 colher de casca de ovo triturada sobre o substrato.
3 – Ácaro: esses bichinhos minúsculos, parente das aranhas, tecem um véu com uma teia muito fina. A solução será a mesma usada para combater o próximo problema, que  que pode infestar a planta.

Se encontrou 15, aí você já não controla. Isole a planta, lave muito bem seus equipamentos e torça para que não seja tarde demais para as outras plantas.
A forma de combater ácaros e moscas-brancas é um preparado que deve ser borrifado em toda a planta.

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A seiva tóxica da rosa-do-deserto
Uma curiosidade: a seiva da rosa-do-deserto é tóxica, tanto que no Saara é preparado uma mistura com as folhas da planta e com este líquido é feito um veneno para matar piolhos em camelos.

Também dá para combater lesmas e caramujos do seu jardim, com essa fórmula: uma parte de folhas (saudáveis) de rosa-do-deserto e, 10 partes de água, Evite usar essa técnica se na sua casa tiver crianças pequenas ou animais de estimação.

Aliás, se tem esses pequenos em casa, é uma boa idéia manter as plantas longe das mãozinhas que estão descobrindo o mundo ou dos pets que adoram cheirar (e comer) o que não deve.

entardecer

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A carmona é uma espécie de planta originária do Sudeste da Ásia, na qual podemos praticar a arte dos bonsais e é bem popular pelo Brasil. Quem gosta de cuidar de bonsais sabe que há cuidados específicos para cada tipo de árvore.

É um arbusto de folha perene que possui folhas pequenas, arredondas e brilhantes, no inicio da primavera floresce pequenas flores brancas em formato de estrela.

Pode ser cultivado a pleno sol (evitando o sol do meio dia) no mínimo 3 horas diário, adapta-se em ambientes interno desde que seja bem iluminado e com incidência de luz solar no bonsai.

O solo deve ser sempre mantido úmido, mas não encharcado, durante o verão o cuidado com a água deve ser redobrado. Nos dias quentes é aconselhável borrifar as suas folhas.

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Depois de crescerem umas seis folhas mais ou menos, os brotinhos novos podem ser cortados logo após a segunda folha. Já os galhos podem ser aramados a partir do segundo ano de crescimento, sendo que se você seguir o procedimento que acabei de citar (cortar os brotinhos), pode moldar a planta e deixá-la com a forma que você quiser.

Para multiplicá-la, as estacas de ponteiro podem cumprir seu objetivo de propagação da espécie, em especial no período da primavera e verão. E não se esqueça de adubar pelo menos duas vezes por mês.

Uma pode deve ser efetuada durante todo o ano, pode os galhos que saem fora da copa para manter a sua forma original.

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A Carmona deve ser adubada  quando estiver iniciando a brotação na primavera até o inicio do outono, usar fertilizante rico em fósforo.

O transplante deve ser de 2 em 2 anos, no inicio da primavera. O corte das raízes deve ser pelo menos 1/3. Não adubar nas 4 semanas seguintes (somente com enraizador).

flores

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O caládio, também conhecido como tinhorão, é uma folhagem alegre e que desperta aquela memória afetiva gostosa – provavelmente sua avó tinha (ou tem) um vaso com essa planta.

Apesar de andar um pouco desaparecido dos nossos jardins, o caládio (Caladium x hortulanum) é uma planta que naturalmente “some”: a espécie perde suas folhas durante o inverno e, volta com força total assim que o clima começa a esquentar.

Então, não estranhe se esse colorido serzinho ficar quietinho na terra, durante o frio e retornar cheio de força, pronto pra festa, assim que desponta o calor. Isso é possível porque o caládio possui bulbos, onde armazena todo o nutriente que precisa para seu triunfal retorno.

E, se antes ele era conhecido como tinhorão pelos seus avós, agora o caládio resolveu aparecer nos tamanhos padrão e min.

O substrato e como tirar mudas de caládio
Se já tem caládio no seu jardim ou floreira, aproveite essa época mais fria para dar uma verificada no substrato e, quem sabe, encontrará alguns bulbos menores. É a partir deles que você poderá ter novas mudas das plantas.

Prepare um substrato bem drenado, com uma mistura boa de areia, vasos com furos e, comece a produzir suas mudinhas. Essa espécie gosta de água, mas nada de deixar o local encharcado – a planta já faz sua reserva de água em suas “cebolinhas” debaixo da terra.

Um aviso importante para quem se apaixonou pela espécie e quer caládio espalhado pela casa: a planta é tóxica, mas apenas se suas folhas forem ingeridas. Crianças pequenas e pets que gostam de morder podem conviver com o caládio sem neuras; é só manter a planta em um lugar alto, longe dos pequeninos curiosos.

caládio

Caládio é planta de sombra
É uma ótima planta para cultivo onde não tem sol forte, embaixo de árvores ou em jardins sombreados. Dentro de casa também é um bom local, desde que perto de uma janela.

Lembre-se sempre que o que julgamos ser ambiente de sombra, não é exatamente o mesmo para uma planta.

Como regar o caládio
Regar o caládio é super fácil com a ajuda do “dedômetro”: toque a terra e, se a ponta do dedo saiu suja, não regue. Se o dedo saiu limpinho, hora de regar bem e, garanta que não ficará água empoçada – pratinho do vaso não é piscina nem reservatório.

Aliás, regas são os problemas mais comuns (e mais fáceis de resolver) quando o assunto é caládio. Excesso de água deixa a planta murcha e o solo encharcado. Já a falta de água deixa o substrato seco e o caládio… murcho!

Evite ar condicionado e vento
Um inimigo invisível do seu caládio ou tinhorão é o vento. Se está dentro de casa, o vilão pode ser o ar condicionado. O vento rouba a umidade das folhas, que começam a ficar chateadas e queimam nas pontinhas.

Essa é a mesma causa de problemas de folhagens tropicais em locais onde existe ar condicionado. Apesar do clima fresquinho, esses aparelhos retiram toda a umidade do ar e deixa o ambiente seco.

Plantas que vivem em locais naturalmente úmidos, como o solo de matas tropicais, chiam e tentam nos avisar enrolando suas folhas e murchando.

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Manchas nas folhas do caládio
Fungos aparecer e causando pintas e manchas amarelas nas folhas. A causa dessas doenças fúngicas atacarem seu caládio é quase sempre essa combinação: pouca luz solar, quase nada de adubação e um vaso muito pequeno.

Resolve-se fácil, colocando o caládio num vaso maior, com substrato adubadinho e, mais próximo da janela. Quer uma dica boa de adubo pra não errar? Use o Bokashi.

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Cattleya Aurantiaca

O cultivo de orquídeas é uma atividade muito antiga, mais que centenária, desde antes de 1800. Até hoje muito se descobriu a respeito do cultivo dessas plantas tão especiais, mas ainda longe de se saber tudo.

Quem cultiva há muito tempo já viu muita regra, manejo, prática, e certeza cair por terra. Quem pesquisa e estuda o cultivo dessas plantas a cada dia só tem uma certeza.

São plantas adaptáveis e especiais, em constante evolução e que se integram ao meio da forma que conseguem, com os recursos ali encontrados. Quando conseguem embelezam o ambiente de forma magnífica.

Por crenças erradas a respeito das orquídeas, muitos mitos foram se formando ao longo do tempo e isso é algo que acaba atrapalhando e desestimulando as pessoas, pois muitas plantas morrem por falhas de cultivo.

Abaixo estão listados alguns dos maiores mitos no cultivo de orquídeas, para acabar com os achismos e estimular a observação.

Mito número 1 – Orquídeas são plantas caras
Isso era uma verdade lá pelos anos 80 – 90. O que se vê atualmente é o aumento da oferta de vendas de orquideas, que tem contribuindo para a queda dos preços e hoje é possível comprar orquideas floridas a partir de dez reais, e mudas a partir de 5 reais.

Supermercado, gardens e camelôs entraram na onda verde e hoje se dedicam a vender não só orquídeas, mas também flores de todos os tipos. Além disso, a quantidade de pessoas tem aumentado dia a dia, facilitando a troca através das amizades entre os cultivadores, facilitando mais ainda as pessoas a aumentarem a suas coleções e seus amigos.

Logicamente existem plantas que custam mais dinheiro, mas é porque tem características que as valorizam, por esse motivo o melhor é se informar a respeito antes.

Orquídea-Epífita

Mito número 2 – São plantas parasitas
São erroneamente chamadas de plantas parasitas por muitas pessoas. Pelo contrário, as orquídeas em seu habitat, vivem sobre troncos, galhos e gravetos, enraizando superficialmente, para apenas se fixarem, por isso são chamadas de epífitas, que significa: do grego epi (sobre) e phyton (planta, árvore).

Esse termo é para denominar plantas que vivem sobre outras plantas, sem causar danos ao hospedeiro.

Uma orquídea epífita utiliza o galho da árvore apenas como suporte, e se alimenta da transformação dos materiais que se depositam sobre suas raízes, folhas, excrementos, poeira, etc.

Com uma parceria com fungos que vivem em suas raízes desde o nascimento chamado micorrizas esses materiais são transformados em minerais para que a planta consiga absorver.

Uma significativa parte das espécies de orquídeas também vive em ambientes bem diferentes dos galhos das árvores. Muitas vegetam sobre ou entre as rochas (rupícolas),

Outras encontradas nos solos das matas, campos e até mesmo na areia pura das dunas e restingas, são na maioria terrestres, mas como são adaptáveis e evoluídas, também conseguem vegetar em outras matérias.

Mito número 3 – Não gostam de sol
Isso com certeza é um dos grandes mitos que fazem com que as pessoas coloquem suas plantas em lugares muitas vezes sombrios e úmidos, fazendo com que sejam atacadas por pragas ali presentes e prejudicando muito o cultivo e prejudicando as florações.

Toda planta precisa de luz para fazer a fotossíntese. Sem contar a floração que basicamente depende da luz que a planta recebe juntamente com os nutrientes da adubação.

Esse mito do cultivo se formou há muito tempo, porque é comum as pessoas generalizarem as informações que recebem, mas em se tratando de orquídea o que se deve realmente fazer é, na duvida pesquisar sobre a planta em questão antes de decidir a luz que ela vai receber.

Saibam que no mundo todo são mais de 30.000 mil espécies catalogadas, além de mais de 100.000 mil  híbridos formados através dos cruzamentos entre espécies, espécies x híbridos e híbridos x híbridos.

Existem plantas que realmente não podem receber sol diretamente em suas folhas pois pode queimá-las, mas também existem orquideas que não prosperam se não vegetar a pleno sol.

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Mito número 4 – Não gostam de água
Isso não é verdade! Cerca de 80 a 90% do peso fresco de uma planta é água.
Então como assim a orquídea não gosta de água? Elas precisam de muita água! Só que tem que ser como no habitat, de forma equilibrada.

As raízes das orquideas respiram a umidade do ar e mesmo quando são molhadas pelo orvalho ou pela chuva secam, para depois molhar de novo.

Então se o vaso que sua orquídea está plantada fica úmido por mais de três, quatro dias consecutivos é sinal que ela deve estar detestando a água, porque nesse caso o excesso de tempo úmido faz acelerar a deterioração do substrato através da proliferação de bactérias e fungos.

As raízes das orquídeas são estruturas mais evoluídas próprias para se fixarem nas árvores e também para absorver água através da umidade do ar, e por isso precisam “respirar”. Se não recebem ventilação e ficam muito tempo úmidas acabam apodrecendo junto com o substrato. Por isso dizem que uma orquídea não gosta de água.

No cultivo de orquídeas a máxima é valida: “é mais fácil matar uma orquídea por excesso de água do que por falta”. Só que também precisa haver um bom senso por quem cultiva, para não errar na hora da rega.

Os sinais de desidratação em uma orquídea são visíveis de se observar. Os bulbos ficam estriados e as folhas também e acabam murchando. Nessa hora é necessário avaliar  se está havendo uma falta de rega e umidade no ambiente ou se está havendo um excesso e corrigir.

Com o tempo, observação e conhecimento das espécies que cada um cultiva fica mais fácil ter uma regra própria de rega e adubação de suas plantas.

Mito número 5 – Orquídea gosta de “pau podre”
Na natureza as plantas e os fungos e insetos vivem em comunhão dividindo os mesmos recursos e os mesmos lugares, sem um atacar o outro, e ao contrario disso vivem juntos e se ajudam e protegem. Parece até mágica o equilíbrio da natureza.

Seu muito bem que as orquídeas não precisam “pau podre” para poder cultivar orquídeas, pois o que tem no “pau podre” é material se decompondo e se transformando em mineral, que a planta pode absorver.

Até aí tudo bem, o problema é que no “pau podre” também existem muitos fungos que são oportunistas e prejudicam as plantas, e podem contaminar as orquídeas e passar a se beneficiar dela deixando-a fraca e podendo em alguns casos levá-la à morte.

Como essa prática acaba se tornando um grande risco de prejudicar a planta, o ideal é cultivar sua orquídea da forma correta com adubações constantes e substrato novo, pois dessa forma apenas os fungos benéficos as raízes das orquídeas passam a colonizar o vaso e melhorar a captação de recursos para ela.

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