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paineira

A paineira pertence à família  Malvaceae e é originária do Brasil e Argentina. Ela ocorre em outros países além do Brasil e possui muitos nomes comuns que variam conforme a região: barriguda, árvore-de-lã, árvore-de-paina, paineira-rosa, paineira-branca, paineira-fêmea, samaúma, paina-de-seda, entre outros.

Sua presença é quase materna, e não se trata de uma referência ao gênero feminino e masculino explícitos na sua flor, que possui tanto estruturas masculinas como femininas.

Trata-se de uma árvore ornamental de flores grandes e vistosas, e produz frutos semelhantes a abacates, só que de casca muito dura.

É difícil encontrá-los ainda fechados no chão: eles se abrem ainda no pé, nos galhos mais altos, estourando a casca depois de muitos dias de exposição ao sol. Assim, maduros, estão prontos para serem fuçados pelos passarinhos que, como o vento, são os responsáveis pela dispersão das sementes.

O tronco das paineiras tem boa capacidade de sintetizar clorofila (fazer fotossíntese) e tem coloração esverdeada até quando tem um bom porte; isto auxilia o crescimento mesmo quando a árvore está despida de folhas; é comum, também, paineiras apresentarem uma espécie de alargamento na base do caule, daí o apelido “barriguda”.

flor da paineira

De beija-flores a periquitos e maritacas, é grande o número de aves que recheia seus ninhos com paina – uma maneira muito confortável de manter os ovos aquecidos e protegidos de umidade.

A lã da paina serve para forrar travesseiros, e o tronco da paineira é leve e mole.

Presente em praças e canteiros de Goiás, Paraná, São Paulo, Minhas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, a paineira é rústica e tem crescimento rápido, o que a torna forte candidata na recuperação de áreas degradadas.

Seu tronco, que pode passar dos 25 m de altura, tem saliências pontiagudas semelhantes a espinhos grossos, uma característica que facilita a identificação da árvore.

A partir dos 20 anos de idade, aproximadamente (sudeste brasileiro), os espinhos costumam começar a cair na parte baixa do caule e, gradualmente, também caem nas partes mais altas da árvore, com o engrossamento da casca.

Diz-se, no Brasil, que isto permite à árvore receber ninhos de pássaros, o que seria impossível de acontecer quando esta tinha espinhos longos e pontiagudos; assim, flores e frutos já não estão presentes, mas a árvore continua a dar sua contribuição à natureza hospedando os passarinhos.

Esta não é uma regra para todas as paineiras; algumas paineiras com mais de 20 m, por exemplo, continuam com espinhos muito grandes na parte baixa, provavelmente como defesa de insetos do local.

espinhos

Leve, mole e de baixa durabilidade, a madeira é usada em canoas, caixotes e tamancos, além de compor a pasta celulósica, material mais comumente utilizado na fabricação de papel.

A melhor forma de plantar uma paineira
Em primeiro lugar colha os frutos ainda fechados e deixe-os no sol até que a casca estoure – peça para a molecada pisar em cima para checar.

Abra a baga com cuidado e aproveite para observar a beleza da lá ainda úmida, toda compartimentada, como uma espiga de milho felpuda.

Essa é a melhor hora para retirar as sementes, uma vez que, com a lã seca e volumosa, os grãos se enroscam e tornam a tarefa mais trabalhosa. Para se ter uma ideia de rendimento, um quilo de paina contém quase 6 mil sementinhas.

paina

Como deve ser o solo para plantar as sementes da paineira
Coloque as sementes para germinar em sementeira ou saquinhos individuais, em terra misturada a areia e composto orgânico em partes iguais, mantendo-as à meia sombra.

Cubra com um pouco de substrato peneirado e regue duas vezes ao dia, sem encharcar. Em menos de quatro meses, as mudas estarão prontas para o plantio em local definitivo – que deve ser bem espaçoso, para dar conta de uma árvore tão grande.

campoflorido