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fertilização

Quando nos propomos a cultivar plantas, devemos tomar alguns cuidados com o manuseio, o cultivo, a manutenção e a fertilização.

Algumas plantas são muito sensíveis e precisamos prestar muito atenção ao ambiente onde a colocamos, se elas se adaptaram, se estão amareladas ou secas, se o local tem a quantidade de luz adequada, se o vaso que a abriga está no tamanho ideal.

Enfim, temos que cuidar para que tenhamos uma planta bonita e harmoniosa, pois é o sonho de todos nós que cultivamos plantas, que elas fiquem bonitas e as saudáveis tanto fora, quanto dentro de casa.

A planta, por ser um ser vivo, também precisa do alimento adequado. E para elas, o alimento ideal é o fertilizante, que é um composto de nutrientes e de vários tipos, pois algumas plantas adaptam a um tipo e outras, a outros tipos de fertilizante.

fertilizante

É muito comum as plantas ficarem com deficiência de nutrição e estes são alguns dos sintomas causados quando as plantas estão desnutridas:
*O crescimento se torna lento;

* Espécies floríferas apresentam floração pobre ou ausente, com colorido apagado e sem vida;

* A planta fica com os caules e as hastes fracas e debilitadas;

* A folhagem apresenta-se pequena, com folhas miúdas, sem brilho ou amareladas.

* As folhas inferiores caem com facilidade e a planta fica menos resistente ao ataque de pragas ou doenças.

A adubação, ou fertilização, precisa de uma dose certa, pois o excesso também acarreta vários prejuízos para as plantas, tais como:

* Surgimento de manchas amarronzadas nas folhas, parecendo queima;

* Folhas com as bordas murchas ou enroladas;

* Má formação das folhas;

* Distúrbios no desenvolvimento: a planta pode ficar mais ativa no inverno e crescer menos na primavera e verão, por exemplo;

* Surgem massas ou crostas brancas na superfície da terra ou dos vasos, principalmente nos de barro ou cerâmica;

* Em casos mais graves, a planta pode secar temporariamente e até morrer.

Os nutrientes de que as plantas necessitam são o Nitrogênio (N), o Potássio (K) e o Fósforo (P). O Nitrogênio age na parte verde favorecendo a brotação, o Fósforo estimula e favorece a floração e a fertilização e por fim o Potássio, que está envolvido com todos os processos, como a fotossíntese, por exemplo.

O Potássio também favorece a planta de maneira global, protegendo raízes, caules e ramos. Existem outros nutrientes que também são de fundamental importância na fertilização, entretanto a sua quantidade é bem menor, como cálcio, magnésio, enxofre, cobre, ferro, manganês, zinco, boro e molibdênio.

E qual adubo usar? Bom, existem vários tipos de adubos para os diversos tipos de plantas. Veja alguns:

adubo-organico

* Orgânico
Compreende ativos de origem vegetal ou animal e, assim, não polui o meio ambiente. Seus teores nutricionais são relativamente baixos, a absorção pelo jardim é lenta e é preciso usá-lo em quantidades maiores.

Exemplos: materiais decompostos ou compostagem (processo que transforma restos vegetais em adubos), húmus de minhoca, torta de mamona, torta de algodão, estercos curtidos (suíno, bovino, caprino), farinha de ossos, de carne ou de peixe, lodo de esgoto, borra de café e cinza de madeira.

A torta de mamona é a mais usada, pois apresenta os três macronutrientes primários (NPK).

Terra vegetal – formado por terra e restos de plantas (resíduos vegetais), livres de pedras e outros destroços.

adubo quimico

* Químico
Sintetiza os elementos essenciais (NPK) e, em alguns casos, outros menos importantes. É mais concentrado e exige dosagem baixa. O percentual de cada mineral é indicado em números, como 4-14-8 (4% de nitrogênio, 14% de fósforo e 8% de potássio) ou 15-8-8 (idem, na mesma sequência).

Mais fósforo indica que o produto deve ser usado para curar deficiências de floração e frutificação. Se a necessidade for atuar no verde, a fórmula ideal é a segunda, mais nitrogênio. O potássio traz benefícios gerais e vem em quantidades equilibradas.

Se a planta estiver bem, use uma fórmula balanceada, como 10-10-10. Se bem orientado, o uso doméstico pode ser uma boa alternativa. Vale a recomendação para tomar cuidado com crianças e animais.

A crítica é quanto aos estragos ambientais: o processo industrial pode causar danos à natureza e o uso errado na agricultura contamina rios e lençol freático.

fertilizando

Quando adubar?
A frequência varia de acordo com a espécie cultivada, mas, de uma maneira geral, recomenda-se adubar a cada 30 dias. Importante: durante o crescimento, há mais carência de água e adubo.

Dosagem e forma de aplicação devem seguir as indicações do fabricante que constam na embalagem. A terra deve ser imediatamente irrigada após a adubação.

As folhas que caem devolvem ao solo vários nutrientes. Se possível, não as remova do vaso, floreira ou jardim.

Quando não adubar?
* Antes de 30 dias após a última adubação, o excesso de nutrientes pode matar a planta;

* Se houver raízes danificadas ou podres, pois pode piorar o quadro. Nesses casos, o melhor é só irrigar e esperar a recuperação;

* Durante a floração, quando a planta para de crescer;

* No inverno, época em que as plantas entram em dormência ou descanso, e por isso perdem as folhas;

* Logo após transplantar ou cortar raízes, fase de regeneração do crescimento. O correto é só adubar após quatro semanas.

 minhoca

Dicas importantes:
A minhoca é benéfica para a planta. Sua presença indica que o solo está adequado para elas, com matéria orgânica e umidade suficiente, e, portanto para o desenvolvimento do jardim.

Além da aplicação das fertilizantes anorgânicos (NPK) é necessário proporcionar às plantas a reposição de adubos orgânicos, tais como farinha de ossos, estrume animal, torta de mamona etc.

O estrume animal só deverá ser utilizado bem curtido para não prejudicar as mudas. Já a farinha de ossos e torta de mamona são usadas de acordo com a prescrição da embalagem.

Regar frequentemente. Na primavera e no verão, deve-se fazê-lo todos os dias e no outono e inverno, a cada 2 dias. Regar de forma abundante, de preferência de manhã cedo ou no final da tarde.

Adubar mensalmente, só diminuindo a frequência quando for o inverno, não adubando no mês de julho. Use adubos 10:10:10  para manutenções e dê farinha de osso  para as plantas que estiverem na época de floração.

passarinhos

comigo-ninguém-pode

O uso das plantas ornamentais é bastante comum para complementar decoração de casas e apartamentos – mas elas podem fazer mal a cães e gatos, podendo levar até à morte. É  comum que os animais de estimação comam plantas e grama.

De maneira geral, os animais não são herbívoros, mas esse é um comportamento corriqueiro para gatos e, principalmente, cães.

Quando são muito jovens, podem comer plantas por causa do crescimento dos dentes, mas quando crescem podem acabar ingerindo folhas e flores por busca de novas aventuras ou, até mesmo, para chamar atenção dos donos.

Devido a esse comportamento o conhecimento da toxicidade das plantas ornamentais pode evitar que cães e gatos sejam afetados por elas. Isso não significa que as pessoas não possam ter essas plantas em casa.

O ideal é saber quais delas possuem substâncias tóxicas e deixar longe do alcance dos animais.

Mas, em caso de intoxicação, mesmo que o dono não saiba o que fez mal ao pet, é importante levá-lo ao médico veterinário e informar o tipo de plantas que possui em casa. Dessa forma, o profissional pode identificar melhor qual pode ser a causa da intoxicação.

Confira abaixo algumas plantas ornamentais que são tóxicas aos animais de estimação:

Dieffenbachia_sp

* Comigo-ninguém-pode
Devido à beleza de suas folhagens e pela crença popular de que a planta traz proteção ao lar, a Dieffenbachia sp é facilmente encontrada nos lares brasileiros e é campeã como causadora de intoxicação em animais.

Seus mecanismos de toxicidade são múltiplos e as substâncias encontradas na planta, como o oxalato de cálcio, irritam as mucosas de animais e humanos.

A intoxicação pode ocorrer por ingestão de qualquer parte da planta ou por contato com a pele. Os sintomas variam desde edema e irritação da mucosa, até asfixia e morte, sempre causando dor intensa.

Essa planta foi a campeã de ingestão por cães e gatos. É conhecida pela beleza de suas folhas e facilidade de cultivo, mas quando em contato com os animais, pode levar à morte facilmente por asfixia. Para se ter noção, meia folha é o bastante para matar um humano.

Zantedeschia aethiopica

* Copo-de-Leite
O Zantedeschia aethiopica possui o mesmo mecanismo de toxicidade que a Comigo-ninguém-pode, com o mesmo princípio ativo – o oxalato de cálcio.

A ingestão dessa planta por animais de estimação pode causar irritação das mucosas, dor severa e edema de glote.

Anthurium spp

* Antúrio
Todas as partes da planta Anthurium spp possuem oxalato de cálcio, um princípio ativo que oferece riscos à saúde dos animais.

Os principais sintomas são queimação de mucosas, inchaço da boca, lábios e garganta, edema de glote, asfixia, náuseas, salivação, vômitos e diarreia.

Adiantum capillus-veneris,

* Avenca
A planta Adiantum capillus-veneris, que não é nativa do Brasil, é bastante cultivada como planta medicinal e pela crença popular de espantar o mau-olhado. A ingestão dos brotos da Avenca, no entanto, pode causar câncer nos animais.

Azalea sp

* Azaléia
A Azalea sp é encontrada facilmente nos lares como planta ornamental. Seu princípio ativo é a andromedotixina, uma substância que, quando ingerida, pode causar distúrbios digestivos durante até 6 horas após o consumo, além de provocar disfunções cardíacas.

Euphorbia-pulcherrima

* Bico-de-papagaio
A Euphorbia-pulcherrima possui uma seiva leitosa tóxica, chamada látex irritante, que em contato com a pele dos animais, pode causar lesões cutâneas e conjuntivite. A ingestão dessa planta pode causar náuseas, vômitos e gastroenterite em gatos e cachorros.

Euphorbia milii

* Coroa-de-cristo
O conhecido arbusto espinhoso (Euphorbia milii),  encontrado em jardins e calçadas, possui como substância tóxica o látex irritante, substância que ao entrar em contato com o animal de estimação – seja pela pele, ou ingestão – pode causar reações inflamatórias como inchaço, dor e vermelhidão.

Sansevieria trifasciata

* Espada-de-são-jorge
A Sansevieria trifasciata é uma planta ornamental muito utilizada nos lares brasileiros pela crença popular de que traz prosperidade. No entanto, a Espada-de-são-jorge possui substâncias de alta toxicidade.

Entre os males que pode causar aos animais de estimação está a dificuldade de movimentação e de respiração devido à irritação da mucosa e salivação intensa.

Nerium oleander

* Espirradeira
A Nerium oleander, mesmo que bastante utilizada como ornamento em jardins, contém substâncias tóxicas em todas as partes da planta. Esses princípios ativos podem causar arritmias, vômitos, diarreia, ataxia, dispneia, paralisia, coma e morte em humanos e animais domésticos.

Os sintomas de intoxicação pela Espirradeira podem ser observados de 1 a 24 horas após a ingestão.

Lilium sp

Spathiphyllum wallisii

* Lírio e Lírio-da-paz
Muito encontradas nas casas brasileiras como plantas ornamentais, todas as partes do Lilium sp e do Spathiphyllum wallisii são tóxicas. A ingestão das plantas pode causar irritação oral e de mucosas, irritação ocular, dificuldade de engolir e até problemas respiratórios em casos mais graves.

Ainda podem aparecer como sintomas da intoxicação pelo Lírio/Lírio da paz alterações nas funções renal e neurológica.

Ricinus communis

* Mamona
O princípio ativo tóxico do Ricinus communis é a ricina, que está presente nas sementes da planta. Os sintomas da ingestão da mamona acontecem no sistema nervoso e podem ser observados aproximadamente após 24 horas da ingestão.

O animal pode apresentar vômitos, diarreia, produção excessiva de saliva, sensibilidade abdominal, cólicas, sangue nas fezes, hipertermia e desidratação. A intoxicação em animais ocorre frequentemente por ingestão de óleo de rícino, torta de mamona, ou resíduos da planta usados como adubo.

Viola odorata

* Violeta
O caule e as sementes da Viola odorata são altamente tóxicos. A ingestão dessa comum planta de ornamentação pode causar, na ingestão de altas doses, severas gastrites, depressão circulatória e respiratória, além de vômitos e diarreias. Os princípios ativos tóxicos são violinha, acido tânico e salicílico.

Cycas Revoluta

* Palmeira-sagu
Todas as partes da Cycas Revoluta são venenosas, mas as sementes contêm uma grande quantidade de toxinas. A sua ingestão, ou de alguma das suas sementes, pode resultar em diarreia, depressão, convulsões e falha renal.

Cylamen

* Ciclame-da-pérsia
As espécies Cylamen contêm cíclame, mas a maior concentração deste componente está localizado na raiz da planta. Se consumido, o cíclame pode produzir uma irritação gastrointestinal severa, incluindo o vômito intenso. Em alguns casos, já se registraram mortes.

kalanchoe

* Kalanchoe / Coerana/ Folha-da-fortuna
Esta planta contém componentes que podem produzir irritação gastrointestinal, bem como toxicidade no coração, podendo afetar seriamente o ritmo do batimento cardíaco.

Chrysanthemum_sp

* Crisântemo
As flores do Chrysanthemum fazem parte da família das Compositae que contêm piretrinas que podem produzir irritação gastrointestinal, hiper salivação, vômito e diarréia.

Em alguns casos, e se for consumida alguma outra parte da planta, pode surgir a depressão e perda de coordenação motora.

caravelinha