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É possível ter plantas em casa ou no escritório, desde que o espaço tenha boa ventilação e luminosidade

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As plantas são elementos importantes na decoração de um ambiente. Além da função estética, elas harmonizam os espaços, ao levarem um pouquinho da natureza para perto de quem trabalha ou curte em casa seus momentos de folga. Segundo a paisagista Rozalia Magna, proprietária da Folhagem Vasos Ornamentais e Paisagismo, em quase todos os ambientes é possível ter plantas, desde que haja no espaço boa ventilação e razoável luminosidade.

Luminosidade e ventilação são requisitos fundamentais. Temos praticamente só dois tipos de planta que sobrevivem no escuro, e nenhma espécie resiste à falta de ventilação. A espada-de-são-jorge, muita usado na entrada das casas de famílias de todas as classes sociais para neutralizar o famoso “mau-olhado”, é uma das espécies que se desenvolvem com pouca luz e pode ser cultivada em vasos ou cachepôs em ambientes internos. A zamioculca, que lembra na forma a espada-de-são-jorge, mas tem folhas mais verdes e brilhantes e caule espesso, é outra planta que sobrevive em espaços com luminosidade restrita.

As espécies que precisam de luminosidade média – mais ou menos quatro horas de luz solar pela manhã – são as preferidas do público para o cultivo em ambientes internos. Entre elas, se destaca o pleomele verde, um arbusto com massa folhear grande, que plantado em vaso atinge até 2,5 metros de altura e, por isso, deve ser usado em ambientes maiores. Para espaços com luminosidade média as pacovas, uma espécie baixinha, que chega no máximo a 50 cm de altura e cresce horizontalmente; a palmeira bambu, o espatifilo, uma das poucas plantas que florescem dentro de casa, o cacto-candelabro e a árvore-da-felicidade, que emana energia positiva e deve ser colocada na sala ou hall da casa ou apartamento.

Para terraços e varandas, a paisagista sugere espécies resistentes à grande incidência de luz solar e às correntes de vento. São ideais para esses ambientes as kaizucas, tuias de crescimento bem vertical e massa folhear forte; os buchinhos e as eugênias, de folhagem bem delicada semelhante a uma renda. Nesses espaços, algumas espécies frutíferas e ervas podem produzir belo efeito estético, cultivadas em canteiros ou até mesmo em vasos. São elas a jabuticabeira, a pitangueira e a acerola.

Vasos
Além de saber escolher a espécie em função das características do ambiente, para que as plantas complementem bem a decoração, é preciso identificar o vaso adequado, não só para o bom desenvolvimento da espécie escolhida, mas também para combinar com o estilo do ambiente onde será usado. De acordo com Rozalia, há no mercado vasos para todos os estilos de decoração.

Para os ambientes rústicos, a paisagista recomenda os vasos mais quadrados, em madeira de demolição e vidro, que formam um belo conjunto, ou os em cerâmica, de forma irregular, confeccionados artesanalmente. Nos ambientes em estilo clean, ela sugere o uso dos vasos inteiramente em vidro, que têm base em metal com rodízio, e os em cerâmica, importados do Vietnã, de forma arredondada com bom custo. Em ambientes com decoração tradicional, ficam bem os vasos em chapa de aço em combinação com o vidro, pintados em tons envelhecidos e escuros.

As plantas podem complementar a decoração de todo tipo de ambiente, seja ele residencial ou de trabalho. Em casa, ela garante que podem ser usadas até mesmo em banheiros e quartos. Nos quartos, a restrição é em relação ao tamanho do ambiente. Para que a troca de gases que as plantas promovem à noite não prejudique a saúde do usuário, o quarto deve ser amplo, com
no mínimo 10 m².

Já em ambientes de trabalho, o uso dos vasos ornamentais, diz a paisagista, é possível e recomendável. As plantas humanizam os escritórios, levando bem-estar a quem trabalha. Mesmo em pequenas salas, as plantas podem estar presentes, cultivadas em vasos de mesa.

VOCÊ SABIA…
* Que cachepôs de madeira não são adequados para áreas externas?

* Que, quando sua planta aparece com as pontas das folhas queimadas, pode ser falta de oxigenação?

* Que o excesso de água pode matar a planta, tanto quanto a falta?

* Que as plantas, em vasos, necessitam de adubação pelo menos a cada três meses, para permanecerem sempre saudáveis e bonitas?

* Que os cactos são considerados plantas que neutralizam a radiação eletromagnética, portanto, ideais para salas de escritórios cujos colaboradores ficam expostos a
esta radiação durante todo o dia?

* Que o espatifilo é a planta com maior capacidade de filtrar as impurezas do ambiente?

* Que existe um produto que pode ser misturado ao substrato de plantio do seu vaso e que permite numa viagem por alguns dias que a sua planta, mesmo sem irrigação, mantenha a umidade, não sofrendo nenhum dano pela falta de água?

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ClarkiaAmoena

Nome Científico: Clarkia amoena
Nome Popular: Flor-de-cetim, Flor-de-setim, Godetia, Clárquia
Família: Onagraceae
Origem: Estados Unidos
Ciclo de Vida: Anual

A flor-de-cetim é uma planta florífera, de textura herbácea, nativa de colinas costeiras e montanhas do oeste da América do Norte. Ela possue caule ereto ou rasteiro, que pode alcançar de 40 a 100 cm de altura, dependendo da variedade. Suas folhas são simples, alternas, lanceoladas a lineares, com margens levemente serrilhadas.

Floresce no verão, despontando flores terminais solitárias ou em pequenos grupos. A flor é grande, vistosa, hermafrodita, com quatro pétalas de textura acetinada e cores brilhantes. As cores podem ser sólidas, em degradeés e mesclas de rosa, branco, vermelho ou roxo, de acordo com a cultivar.

As flores fecham-se à noite e reabrem pela manhã. O fruto é uma cápsula seca e deiscente contendo numerosas sementes. Há ainda variedades de flores dobradas e de porte anão.

De aspecto delicado, feminino e ao mesmo tempo exuberante, a flor-de-cetim é uma opção charmosa para a formação de densos maciços e bordaduras no jardim. Apesar de ser popular nos Estados Unidos é ainda bastante rara no Brasil. Também pode ser cultivada em vasos e jardineiras, adornando varandas e pátios.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Adapta-se ao litoral e prefere regiões de clima mais ameno, como o subtropical ou mediterrâneo. É capaz de tolerar salinidade, curtos períodos de estiagem e solos um tanto alcalinos.

Para florescer em grande profusão, além de receber boa adubação a flor-de-cetim deve ser plantada aglomerada, com pouco espaçamento entre as plantas. Multiplica-se facilmente por sementes postas a germinar no outono, inverno e início da primavera.

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Nome Científico: Cobaea scandens
Nome Popular: Estefânia, Cobéia, Sinos-de-catedral, Sinos-de-convento
Família: Polemoniaceae
Origem: México
Ciclo de Vida: Perene

A estefânia é uma trepadeira tropical, vigorosa, de textura semi-lenhosa e florescimento ornamental. Seu caule apresenta crescimento rápido e é bastante ramificado, com ramagem longa, escandente, alcançando de 1 a 3 metros de comprimento. As folhas são perenes, alternas, compostas pinadas, com três a seis folíolos elípticos, glabros, com gavinhas ramificadas na base. As flores apresentam cálice amplo, estriado, de cor verde e corola em formato de sino, de cor esverdeada a princípio, mas que gradativamente se torna roxa ou branca, de acordo com a variedade. Os frutos são do tipo cápsula, elípticos, com numerosas sementes grandes e aladas. Floresce no verão.

No paisagismo a estefânia é indicada para cobrir estruturas grandes e fortes, como caramanchões, pérgolas, muros e árvores. Seu vigor e porte a tornam uma trepadeira um tanto desproporcional em estruturas menores como treliças delicadas. Ainda assim é possível cultivá-la em vasos. Como se não bastasse toda sua beleza, as flores da estefânia também têm um delicioso aroma almiscarado. Devido à sua facilidade de propagação, escapou ao cultivo, tornando-se invasora na Nova Zelândia.

Deve ser cultivada sob sol pleno em regiões mais frias, ou em meia sombra em locais quentes. O solo para cultivo deve ser fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Planta tipicamente tropical, a estefânia não tolera geadas ou frio intenso, mas pode ser conduzida como anual em países de clima temperado, sendo semeada em estufas no final do inverno. Necessita tutoramento adequado para que se fixe bem ao suporte. Multiplica-se por sementes, estaquia e alporquia.

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Bulbos
Onde comprar?
Você pode comprar excelentes bulbos em garden-centers, floriculturas e pela internet. As lojas online costumam ser bem especializadas e por não necessitarem expor os produtos em prateleiras, eles ficam bem armazenados e cuidados. Além disso, este tipo de negócio depende muito da confiança e do marketing boca a boca, e costuma enviar produtos de qualidade para conquistar seus clientes. Ao comprar neste tipo de loja você tem chance de planejar sua compra no conforto da sua casa e muitas vezes pode negociar e encomendar quantidades maiores por e-mail ou telefone.

Evite adquirir bulbos em supermercados e lojas de departamentos. Mesmo que sejam de boa procedência, os bulbos nestes locais ficam mal armazenados e tendem a desidratar, apodrecer e mofar com muita rapidez. Além disso, raramente os bulbos velhos e estragados são removidos das prateleiras e dos estoques. Alternativa bastante duvidosa são os sites de leilão. Apesar de interessante à primeira vista, este tipo de comércio de bulbos pode apresentar uma série de irregularidades. A mais freqüente diz respeito à qualidade dos bulbos, que muitas vezes são refugos (lotes velhos ou de bulbos pequenos). Outra, também comum, é a venda de bulbos importados ilegalmente, que têm seu desenvolvimento comprometido, pois não foram aclimatados ao nosso país, e podem carrear uma série de doenças e pragas exóticas, já que não passaram pelo período de quarentena e fiscalização agrícola.

Como escolher?
Aperte levemente o bulbo. Perceba que este é grande, sem brotações e com a túnica perfeita.
Se você tiver a oportunidade de escolher os bulbos pessoalmente, use o bom senso e escolha da mesma forma que seleciona legumes e frutas. Pegue o bulbo nas mãos e verifique se está firme, pesado, sólido, sem pragas, cortes, partes amolecidas, manchadas, mofadas, com brotações pálidas e longas de raízes e folhas, ou exsudando líquidos. Leve em consideração que alguns bulbos são naturalmente mais macios, como os bulbos de mini-amarílis. Outros precisam necessariamente ser cortados, como os rizomas em geral. A túnica (casca que recobre os bulbos) deve estar íntegra de preferência.

As dálias em especial podem conter alguns tubérculos murchos e secos, que nada mais são que os tubérculos mãe que foram gerados no ano passado. Por ser necessária a preservação de uma pequena porção do caule nas dálias, às vezes não é possível remover estes tubérculos murchos do conjunto, o que não compromete a saúde geral dos outros tubérculos novos. Dálias, angélicas, alguns amarílis, alpínias, bulbines, lírios-do-brejo entre outros bulbos tropicais vêm com brotações, o que não compromete o sucesso do seu cultivo. Este fato é bem freqüente em bulbos que estão saindo do período de dormência, ou que são perenes naturalmente, ou seja, não perdem as folhas em um período do ano e permanecem em atividade vegetativa mesmo no ponto de venda. Bulbos com brotações são viáveis, mas não devem ser comprados para armazenar, eles precisam ser plantados o mais breve possível.

Quando comprar?
Uma dúvida frequente é sobre a época de compra dos bulbos. A resposta depende do tipo de bulbo e da região do país em que você se encontra. A maioria dos bulbos no Brasil pode ser adquirida o ano todo, pois são plantas tropicais que não precisam de período de dormência e deste modo estão sempre disponíveis no mercado. Isso inclui todo tipo de antúrio, alpínia, lírio-do-brejo perfumado, helicônia, bastão-do-imperador, gengibre ornamental, caládio, cana, moréia, trevo-da-sorte, etc. No sul do país, assim como em regiões de altitude do sudeste, é conveniente plantar bulbos tropicais na primavera e verão, para que as primeiras brotações não se ressintam com o frio. Alguns bulbos anuais são sensíveis a geadas, mas podem ser plantados mesmo assim, pois você pode protegê-los com um plástico, caso tenham brotado antes da primavera.

Bulbosas de clima subtropical, ou até mesmo algumas de clima temperado, que já estão aclimatadas ao nosso país, podem ser plantadas em regiões tropicais sem problemas. Salvo aquelas que não toleram calor excessivo, a maioria brotará e florescerá, sendo que algumas poderão perenizar, florescendo posteriormente ou não, enquanto outras vão definhar por serem anuais. A experiência é sempre válida e você não precisa abrir mão de tê-las no jardim, mas precisa aceitar o fato de algumas vão se adaptar, enquanto outras não.

Nos estados com inverno mais marcado pelo frio, será possível cultivar bulbos que necessitam de vernalização. Alguns bulbos, como os lírios-asiáticos, narcisos e gladíolos precisarão de mais tempo plantados para quebra de dormência, ou armazenamento em câmara fria, pois são anuais e a temperatura no inverno pode não ser suficientemente baixa para induzir uma rápida brotação. Outros como tulipas e jacintos, permanecem sem aclimatação para nosso país, mas podem ser cultivados como anuais sem problemas.

O principal fato que devemos ter em mente é que a maioria dos bulbos podem ser comprados e plantados o ano todo. Mas algumas espécies anuais podem não brotar tão rápido, pois entram em dormência logo que são colhidos. Outros bulbos podem florescer apenas uma vez, o que significa que devem ser tratados como anuais, e serão adquiridos a cada ano, sendo descartados após a floração. Na dúvida pesquise, se informe, pergunte, estude as espécies desejadas. Aqui não existem as regras impostas pela estações do ano nos países de clima frio, por isso pode parecer confuso à primeira vista, mas é maravilhoso. Você pode ter certeza que temos condições de cultivo e uma ampla variedade de bulbosas tropicais e subtropicais invejada por jardineiros do mundo todo.

formiguinha